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 | 24/09/2008 02h10min

Brasil-Pe enfrenta o Marcílio Dias por vaga no octogonal final da Série C

Time de Pelotas espera contar com a força de mais de 7 mil xavantes no Bento Freitas

Álvaro Guimarães, Pelotas/Casa Zero Hora  |  alvaro.guimaraes@zerohora.com.br

Sentado à beira da piscina lendo uma revista, o meio-campo Cléber, 34 anos, era na tarde de ontem o retrato da concentração do Brasil-Pe para o jogo desta noite contra o Marcílio Dias, em Pelotas. A tranqüilidade do capitão do rubro-negro contrastava com a correria dos operários que enfrentaram 12 horas de trabalho para deixar em ordem o Estádio Bento Freitas para o espetáculo desta noite.

Distante oito quilômetros do centro da cidade, o Tourist Executive Hotel, um recanto sossegado às margens da estrada Pelotas-Porto Alegre (BR-116), foi escolhido como o refúgio dos 18 jogadores relacionados para a partida. Ontem, após a chegada ao hotel, a maioria preferiu o conforto e o silêncio dos quartos, enquanto uns poucos como Cléber se refestelaram ao sol da segunda tarde de primavera.

— Esse é um clima atípico na concentração, pois o pessoal está cansado, mas é bom sinal, mostra que está todo mundo com a cabeça no jogo, que nós teremos de transformar em uma guerra — diz o meio-campo, com a experiência de quem já foi campeão das séries C (1995) e B (2002) do Brasileirão e da Copa do Brasil (2004).

No outro extremo da cidade, João Alberto Salvador, 55 anos, comandava sua pequena, mas aguerrida equipe de quatro trabalhadores na pesada faxina do Bento Freitas. No final da tarde, uma caixa coletora com capacidade para quatro metros cúbicos de carga saiu do estádio abarrotada com o lixo retirado das arquibancadas e pavilhão social.

Enquanto o time da vassoura fazia sua parte (com o rádio ligado na partida do rival Pelotas com o Grêmio Bagé) seu João e uma faxineira, contratada às pressas, corriam para limpar banheiros, vestiários, dependências sociais e, claro, remendar os buracos abertos durante a partida do último domingo no palco do show.

As dificuldades de seu João, todavia, não acabaram por aí. Hoje, às 20h30min, quando soar o apito, ele estará ocupado acompanhando o time visitante.

— Trato eles bem, não deixo faltar nada, mas fico secando o tempo todo — diverte-se.

Poder olhar o jogo, mesmo que na trincheira inimiga, será um prêmio para o comandante de parte da tropa de cem pessoas ocupada desde às 7h30min de hoje nos preparativos do jogo que pode levar o Brasil-Pe ao octogonal final da Série C.

Ciente dessa responsabilidade, o técnico Itamar Schulle pretende manter o mesmo time da partida contra o Guarani.

— A escalação só sai na hora. Até lá, posso trocar o Sharlei (atacante) pelo Luciano Tanque (atacante) e o Gleidson (lateral-esquerdo) pelo Emanoel (lateral-esquerdo). O resto fica igual, com o Lucas podendo entrar no segundo tempo — revela.

Sem esconder a ansiedade, o presidente do clube, Hélder Lopes, revela que "um minuto após a vitória" será desencadeada a Operação Série B, na qual está incluída o anúncio de um novo patrocinador. Mas para chegar até ela, os dirigentes xavantes esperam contar com o apoio de pelo menos 7 mil torcedores hoje à noite.

— Torcida não ganha jogo, mas a nossa têm o dom de empurrar o time, e precisaremos muito disso — sentencia o treinador.

O adversário

Em Pelotas, desde o final da tarde de segunda-feira, a equipe do Marcílio Dias está hospedada em um hotel do centro da cidade. Nenhum esquema especial de segurança foi solicitado pela direção à Brigada Militar (BM). Até a noite de ontem nenhum incidente havia sido registrado.

 
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