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 | 09/09/2008 04h00min

Inter sai mais unido após episódio do abraço de Magrão em Bolívar

Magrão esclarece comemoração de sábado e alivia ambiente no Beira-Rio

Leandro Behs  |  leandro.behs@zerohora.com.br

O Inter parece ter saído mais unido após o episódio do abraço de Magrão em Bolívar, ao comemorar no sábado o gol da vitória sobre a Portuguesa. O gesto, interpretado como um desagravo pelo fato de o zagueiro e amigo ter ido para a reserva, provocou conversas entre o volante, o técnico Tite e o vice de futebol, Giovanni Luigi, no vestiário. O resultado teria deixado o ambiente no Beira-Rio mais leve.

Magrão conversou com Luigi e com Tite, após o treino da manhã — e a situação teria sido esclarecida. Segundo o volante, ele prometera dedicar o gol ao amigo Bolívar, que anda triste pelo fato de ter perdido a vaga de titular para Álvaro. No sábado, após o abraço a Bolívar, ele ainda fez um sinal de positivo para Tite, que teria retribuído com um aceno de cabeça.

Além disso, a jogada do gol — cruzamento de Alex no bico da pequena área — havia sido treinada por Tite na véspera do jogo, como lembra Magrão. Também com Giovanni Luigi o diálogo foi rápido e ocorreu em tom cordial.

— O seu Giovanni sabe que não sou de polêmicas. Não utilizaria um artifício ridículo desses de fazer um gol e não ir abraçar o treinador. Não tenho nada contra o Tite — afirmou Magrão.

Bastou meia hora de conversa com Magrão, primeiro por telefone, depois cara a cara, para que Luigi entendesse a atitude do volante como algo normal dentro do grupo. Aceitou a justificativa do jogador que desejava apenas confortar o zagueiro, sem desacato ao técnico.

— Pensei que ele tivesse escanteando alguém com aquele gesto, mas não fez isso. Magrão ficou assustado com a repercussão, queria homenagear o amigo. Garanto que nosso grupo está fechado, unido e determinado. Aquele que destoar estará fora — prometeu o dirigente.

Resolvido o episódio do abraço, dirigentes e jogadores trataram de transformar o incidente em piada. Assim que chegou ao Beira-Rio, o assessor de futebol Fernando Carvalho perguntou aos repórteres:

— Ué, hoje (ontem) não tem nenhuma briga de vizinhos (o caso Rosinei) nem abraço fora de lugar?

Durante o treino, Edinho avisava, para risada geral:

— Ó, ninguém abraça o Bolívar, hein?

— Espero ter colocado um ponto final nisso. Senão chegaremos ao ponto de fazer um gol e sairmos no soco para mostrar que estamos unidos — ironizou Magrão.

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