| 09/02/2003 18h21min
Nesta segunda, dia 10, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará uma reunião com os ministros para avaliar os primeiros 40 dias de governo. As razões dos cortes no Orçamento e do aumento na meta de superávit primário para 2003 serão os temas abordados na abertura do encontro na Granja do Torto, marcado para as 10h. Lula também vai anunciar medidas destinadas ao aquecimento da economia e metas administrativas para este ano, com a discussão de planos de ação.
A alteração será necessária para atingir a maior economia de gastos públicos da história do país, de cerca de R$ 68 bilhões ou 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma das riquezas produzidas no país. Pelos cálculos baseados nos dados do governo, será necessário contingenciar aproximadamente R$ 8 bilhões. O presidente havia concedido prazo para que os ministros definissem os projetos prioritários de cada área, que serão preservados.
Depois da reunião, com fim previsto para as 17h, é esperado o anúncio de um pacote de 14 ações na área social. Interlocutores de Lula no Palácio do Planalto confirmam a divulgação das medidas, sem maiores detalhes. São esperadas, entre outras propostas, a criação de instrumentos de microcrédito e de formas de subsídio ao gás de cozinha, com o objetivo de proteger os preços dos combustíveis caso ocorra uma guerra entre Estados Unidos e Iraque.
Outros temas da reunião serão os índices de reajuste a serem dados ao funcionalismo público federal e ao programa Bolsa-Escola. Estão convidados os 34 integrantes do primeiro escalão e os líderes no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), e na Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP). Em seguida, o presidente convidará o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, a fazer uma exposição sobre a situação da economia. O ministro sofreu críticas de setores radicais do PT após anunciar o aumento da meta de superávit primário de 3,75% para 4,25%.
A reunião servirá ainda para o governo retomar a iniciativa política depois de uma semana sob críticas das alas esquerdistas do partido. Lula quer indicar que apesar do aperto fiscal e da perspectiva de turbulência no cenário mundial com a guerra no Oriente Médio, o Palácio do Planalto não pretende se desviar da prioridade à área social, especialmente do combate à fome. O encontro terá também um tom de desagravo a Palocci.
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