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 | 05/12/2007 18h03min

Dunga: "No clube, todo mundo passa a mão na cabeça do jogador"

Técnico prestigiou desfile organizado pela filha em Caxias do Sul e concedeu entrevista

O técnico da Seleção Brasileira, Dunga, teve um dia de paizão na quarta. Esteve em Caxias do Sul, assistido a um desfile da filha Gabriela Verri, estudante de Moda e Estilo da UCS. Além de conferir o trabalho de conclusão da herdeira, botou a mão na massa: mandou terra para a filha tingir os vestidos, providenciou as botas de borracha de que ela precisava e, após o desfile, carregou caixas de material.

Vestindo calça preta carmim e camisa listrada em tons de verde, vermelho e bege, com efeito de "amassamento", Dunga minimizou as críticas feitas no início do ano sobre o figurino que usou, por sugestão da filha estilista, em algumas partidas:

— Como não tinha nada negativo no meu trabalho, arranjaram alguma coisa para falar.

Depois do evento, o técnico conversou com o repórter Gabriel Izidoro, do Pioneiro, e falou sobre o atual momento do futebol e a seleção olímpica. Confira alguns trechos:

Agência RBS: Quais foram os seus três escolhidos para o prêmio Bola de Ouro? (Pelo regulamento da premiação, nenhum técnico de seleção nacional pode votar em atletas de seu país)

Dunga: O Cristiano Ronaldo, o Henry, porque vale o ano passado, e o Pirlo, que faz o time do Milan andar. Ele jogando, o time do Milan joga. Se ele não joga...

Agência RBS: Na sua opinião, o futebol saiu da era da posição para a era da função?

Dunga: Não. Acho que ele tem que jogar na posição dele, mas sem a bola ele tem que cumprir uma função. Com a bola, ele tem que ser livre. Seja um ala, um meia, cada um vai jogar na posição em que se ajusta. Só que, sem a bola, cada um tem uma função para cumprir. Em cada empresa, cada um tem uma função. Não adianta o cara não dizer para ti o que tu tens que perguntar ou não. "Ó, a tua função é fazer entrevista com fulano, beltrano ou cicrano". Agora, o jeito que tu vais fazer a pergunta, de que forma, é a tua criatividade, né?

Agência RBS: A sua idéia na Seleção Olímpica é priorizar os garotos, ou pretende usar também os três mais velhos (o regulamento do futebol olímpico permite a convocação de apenas três atletas com idade superior a 23 anos no momento da competição)?

Dunga: Não, vou usar os três acima de 23, com certeza. Não defini ainda quem, porque estou começando, é a recém a primeira vez que a gente se encontra, então tenho que ver em que setor será mais necessário trazer algum jogador. Porque, às vezes, não adianta o cara dizer "quero um Pelé", porque já tem um atacante com 23 anos.

Agência RBS: Em algumas posições você pode ter opções sobrando e em outras não?

Dunga: É, têm posições que sim. E também têm posições que todo mundo acha que tem muita gente, e que tem que botar para jogar. Até tem bastante gente para algumas posições, mas tem que ver o rendimento. Tem que botar jogar para ver.

Agência RBS: A camisa da Seleção pesa para alguns jogadores?

Dunga: Não (reticente)... Não é questão de pesar a camisa. A questão é que há uma série de situações que são diferentes do teu clube. No clube todo mundo joga em função, todo mundo passa mão na cabeça... Ali (na Seleção), não. Ali tu és mais um. Que pode vir a ser aquilo que é no seu clube, mas tem que demonstrar em campo.

PIONEIRO

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