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 | 04/09/2007 18h34min

Deic busca documentos na sede do Corinthians

Policiais apreenderam notas fiscais e um computador

Policiais do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) cumpriram na tarde desta terça um mandado de busca e apreensão na sede do Corinthians, no Parque São Jorge, na Zona Leste de São Paulo. A assessoria do Deic confirma que os policiais buscaram documentos contábeis na sede do clube. De acordo com a Rádio CBN, a polícia apreendeu notas fiscais e um computador.

Um homem que seria funcionário da MSI teria tentado fugir do Corinthians com um computador pessoal do iraniano Kia Joorabchian. Ele acabou detido pelos policiais. As informações são do site G1.

O Ministério Público (MP) de São Paulo investiga há nove meses a relação entre o Corinthians e uma empresa suspeita de vender notas fiscais frias ao clube. Os promotores calculam que as transações irregulares tenham provocado prejuízo de mais de R$ 400 mil. Os dirigentes do Corinthians também são alvos de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal, aceita em julho pela Justiça Federal de São Paulo, em que são acusados de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O foco é a relação do clube com a organização MSI para compra e venda de jogadores.

No dia 12 de julho, a Justiça Federal determinou a prisão do magnata russo Boris Berezovsky e dos iranianos Kia Joorabchian e Nojan Bedroud, seus representantes no Brasil. O juiz Fausto Martins de Sanctis, da 6ª Vara da Justiça Federal de São Paulo, aceitou denúncia do Ministério Público Federal que aponta que a parceria da MSI com o Corinthians foi utilizada para lavagem de dinheiro e determinou a prisão dos três.

A denúncia que baseou o pedido de prisão indica que Berezovsky utilizou o Corinthians para lavar dinheiro obtido de forma ilícita no exterior. O magnata russo, um dos mais ricos do mundo, é procurado em seu país por crimes contra o sistema financeiro e corrupção. Ele vive hoje foragido na Inglaterra, onde obteve asilo após alegar sofrer perseguições políticas.

O advogado da MSI, Luiz Fernando Pacheco, classificou na época como "absurda, arbitrária e carente de suporte legal a decisão"

– Em nenhum momento do inquérito feito pelo Ministério Publico Federal os senhores Kia e Nojan foram convidados a depor, tendo sido cerceados seus direitos de responder sobre o que estavam sendo acusados. Usaremos de todos os argumentos legais para demonstrar a inocência de ambos e restabelecer a verdade – disse Pacheco.

Sobre o fato de a MSI ser denunciada pela suposta prática de lavagem de dinheiro, o advogado declarou que a empresa sempre agiu estritamente dentro da lei e que não há prova de que houve a prática de crime.


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