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 | 29/06/2006 16h40min

Francês da Stock Car avisa que Brasil vai chorar de novo

Chefe da equipe de Giuliano Losacco aposta em time de Zidane na semi

Em meio às centenas de brasileiros que estarão na torcida por Ronaldinho e companhia neste sábado nos boxes de Interlagos, onde a Stock Car está promovendo a quarta etapa da temporada, uma voz solitária se erguerá pelo time comandado por Zinedine Zidane. O francês Patrick Grandidier, chefe da equipe de Giuliano Losacco e Guto Negrão, assistirá à partida vestido de azul e com o coração dividido, mas com uma convicção.

– Como na final de 1998, o Brasil vai chorar de novo. A França ganhará por 2 a 1 – aposta.

Natural de Briey, cidadezinha na região de fronteira com a Alemanha, Patrick veio para o Brasil em 2001 para trabalhar na Equipe Medley. Até então, havia passado 17 anos na Fórmula 1 como mecânico da Larrousse, Footwork, Arrows e Jordan. Foi como funcionário da Jordan, então defendida por Ralf Schumacher e Damon Hill, que assistiu à fatídica decisão.

– O jogo coincidiu com o GP da Inglaterra. Vimos o jogo num telão instalado na sede da equipe, que ficava dentro de Silverstone – lembra Patrick.

Naquele ano, Losacco morava em Monza, na Itália, e ainda tentava trilhar o caminho que leva à Fórmula 1 como piloto de Fórmula Renault da equipe Tatuus.

– Aquela partida foi completamente atípica por causa do problema envolvendo o Ronaldo. A escalação do Edmundo chegou a ser anunciada e os jogadores se abalaram com a convulsão do Ronaldo. É verdade que a França atuou muito bem, mas o Brasil não rendeu o que podia por tudo o que aconteceu antes do jogo – ressalva Losacco.

Desta vez, o bicampeão da Stock Car espera que tudo seja diferente.

– A França merece respeito, será um adversário difícil, mas o Brasil é muito forte. Ganha mesmo quando não apresenta aquilo que se espera dele. O Dida, por exemplo, parece que conta com alguma proteção especial. Os adversários chegam na cara dele e chutam para fora – espanta-se Losacco, torcedor do Palmeiras.

Segundo ele, as chances do Brasil crescerão se Robinho estiver recuperado e for escalado entre os titulares.

– Ele é mais ágil que o Adriano e dá mais movimentação ao ataque – opina Losacco.

 
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