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 | 20/05/2006 20h07min

Colorado perde invencibilidade no Beira-Rio

Time de Abel Braga perdeu por 4 a 2 para o Figueirense

Todos sabiam que a invencibilidade do Inter no Beira-Rio um dia seria quebrada, mas ninguém imaginava que isso aconteceria justamente contra o Figueirense. O time catarinense surpreendeu, fez uma grande partida e venceu o Colorado por 4 a 2 no início da noite deste sábado, no Beira-Rio, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro.

Sem somar pontos, o Inter perdeu a oportunidade de assumir a liderança isolada da competição. O time de Abel Braga permanece na segunda colocação, com 13 pontos, mas pode perder posições no complemento da rodada, neste domingo. O time catarinense, por sua vez, somou seu sétimo ponto e subiu para a nona posição.

Em termos de campeonato, a derrota deste sábado não chega a ser uma tragédia, mas acaba com uma estatística de que todos os colorados se orgulhavam: a invencibilidade no Beira-Rio. Foram exatos nove meses e 17 dias sem perder em casa. O último revés antes desse havia sido contra o Santos de Robinho, no dia 3 de agosto de 2005.

Apesar do frio e da chuva, o torcedor colorado compareceu em bom número ao Beira-Rio, certamente empolgado com a possibilidade de o time assumir a liderança da competição. Mas Schwenck, que não tinha nada a ver com isso, tratou de estragar a festa dos colorados, abrindo o placar logo aos seis minutos, aproveitando-se de uma falha na marcação.

O Inter não demorou muito para igualar o placar – Fernandão converteu pênalti cavado por Sobis aos 14 minutos –, mas a noite era mesmo de Schwenck. Ele e Soares estavam em perfeita sintonia e deram muito trabalho aos zagueiros colorados. Aos 30, este recebeu dentro da área e rolou para Schwenck colocar o time catarinense novamente em vantagem.

Apesar de não ter gostado da atuação do time no primeiro tempo, Abel não fez mudanças no intervalo. As alterações só vierem depois que o Figueirense marcou seu terceiro gol, logo aos nove minutos do segundo tempo. Em jogada de contra-ataque, Soares tocou para Cícero, que chutou forte. A bola desviou em Fabiano Eller e enganou Clemer.

Em desvantagem no placar, Abel sacou Fabinho para a entrada de Chiquinho e Rentería para a de Iarley. Era uma tentativa de furar a dribles a boa defesa armada pelo técnico Adilson Batista. Mas de nada adiantaram as alterações. A dupla de zagueiros formada por Tiago Prado, ex-Grêmio, e Chicão continuou soberana, sobretudo nas jogadas aéreas.

No afã de empatar o jogo, o Inter acabou se descuidando da defesa e cedendo vários contra-ataques, sempre muito bem executados pelo Figueirense. Em um deles os catarinenses chegaram ao quarto gol: Fininho avançou pelo lado esquerdo e cruzou na área para Thiago Silvy chutar duas vezes antes de marcar.

Por sorte, Ceará descontou três minutos depois, acertando um belo chute no canto do goleiro Andrey, outro ex-gremista. O gol evitou a vexatória goleada dentro de casa, mas não foi suficiente para acalmar a ira de parte da torcida. O apito final do árbitro foi a senha para o coro de “Burro! Burro!”

MÁRCIO RAMOS LUIZ
 
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