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 | 16/05/2006 19h41min

Antônio Carlos e Ministério Público chegam a acordo

Zagueiro aceitou os termos da suspensão condicional do processo

Está próximo do fim o mais triste episódio da carreira do zagueiro Antônio Carlos, do Juventude. Denunciado por crime de preconceito de raça ou cor pelo Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul, o jogador aceitou nesta terça, em audiência realizada na comarca de Caxias do Sul, os termos da suspensão condicional do processo.

Para ter direito a esse benefício, Antônio Carlos terá de confeccionar e distribuir, em eventos esportivos realizados em Caxias, 10 mil panfletos com a frase “Somos todos iguais, diga não ao racismo”. Além disso, terá de se apresentar mensalmente em juízo e não poderá se ausentar da cidade por mais de 30 dias sem autorização judicial.

Antônio Carlos havia sido denunciado no artigo 20 da lei 7.716/89 – que prevê pena de um a três anos de prisão, além de multa, para quem “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional” – por causa dos incidentes verificados na partida contra o Grêmio, no dia 5 de março, pelo Gauchão.

Naquele jogo, Antônio Carlos recebeu cartão vermelho por cometer falta violenta no volante Jeovânio, do Grêmio. Antes de deixar o gramado do Estádio Alfredo Jaconi, o zagueiro esfregou os dedos sobre a pele dos braços, ato que foi interpretado como de cunho racista por boa parte da imprensa e da torcida.

 
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