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 | 16/03/2006 11h55min

Roche aumenta capacidade de produção do Tamiflu

Parceria com Albermarle elevou fabricação para 400 milhões de doses anuais

A farmacêutica suíça Roche anunciou hoje que, junto com outros parceiros, como Albemarle ou Sanofi-Aventis, aumentou até 400 milhões de doses anuais a capacidade de produção do Tamiflu (oseltamivir), um antiviral para combater a gripe aviária.

O laboratório disse, em comunicado de imprensa, que tinha ampliado sua rede mundial de produção desse remédio, como preparação para a possibilidade de que o vírus H5N1 que causa a gripe aviária possa sofrer mutação e ser transmitido entre humanos.

Além disso, a empresa afirmou que, no final de 2006, terá capacidade para produzir 400 milhões de doses por ano, o que representa 100 milhões a mais que atualmente.

A rede mundial do laboratório suíço para produzir o antiviral contará com vários centros Roche e mais de 15 contratados externos localizados em 9 países.

Além disso, a companhia anunciou que está "na fase final das negociações para uma licença a uma companhia na China", e que avalia a possibilidade de compartilhar seus conhecimentos e experiência para facilitar a produção na África.

O diretor-geral da divisão farmacêutica da Roche, William Burns, disse que, após o convite a terceiros feito em 2004, a empresa encontrou os parceiros que a ajudarão no aumento da capacidade de produção mundial desse medicamento.

Burns disse que o grau em que farão uso dessa capacidade dependerá do fluxo de pedidos futuros pelos governos.

O diretor-geral da Roche acrescentou que para continuar investigando sobre o oseltamivir e o vírus H5N1, é necessária a colaboração de terceiros.

A empresa suíça disse que, nesse terreno, já iniciou diversas iniciativas de pesquisa para responder às perguntas sobre o uso do Tamiflu contra o vírus H5N1 da gripe aviária.

– O vírus H5N1 muda continuamente. Sabemos que o de Hong Kong de 1997 é diferente ao do Vietnã, que, por sua vez, é diferente do vírus recente da Turquia û disse David Reddy, especialista do laboratório.

Reddy ressaltou que para que o H5N1 seja a variante da próxima pandemia, tem que sofrer nova mutação, por isso disse que é preciso aprofundar a pesquisa sobre o vírus e o Tamiflu.

Até 13 de março passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou 177 casos em pessoas, das quais 98 morreram.

AGÊNCIA EFE

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