Ambiente | 22/10/2010 11h40min
Ao conceber o Lounge África, as arquitetas Bruna Fachinelli e Waleska Pinheiro Santos, da Sustentarchi, procuraram fugir da imagem estereotipada do continente.
— Focamos no sul da África, que tem uma arquitetura mais sóbria, clássica e clean, herança das colonizações inglesa e holandesa — explica Bruna, justificando assim o uso de cores mais claras e neutras no ambiente de 56m² com paredes pintadas na cor areia.
O colorido característico da África foi inserido por meio dos objetos decorativos. A maioria deles é formada por utensílios domésticos em plástico, que ganharam outra função no projeto das arquitetas.
Assim, pratos transformaram-se em porta-retratos, cestos em luminárias e sousplats em quadros.
Em destaque no ambiente, um painel de vidro, de 6,4m de largura por 2,3m de altura, tem foto adesivada de uma praia em Zanzibar, na Tanzânia, localizada na margem leste-africana. Seis lâmpadas fluorescentes, estrategicamente colocadas atrás do painel, recriam um belo horizonte iluminado.
— A ideia foi criar um painel-janela que transportasse os visitantes para esse lugar — conta Bruna.
Além dele, o projeto luminotécnico contempla uma luminária de acrílico branca adesivada, disposta no centro do forro de gesso pintado em tom trigo-neutro. Há também dicroicas espalhadas pelo ambiente e fluorescentes colocadas atrás dos nichos de gesso das paredes — enroladas em papel pardo para obter um efeito mais aconchegante.
— O ambiente reflete qual é o melhor lugar do mundo na nossa visão: um espaço que está em harmonia com as pessoas, independentemente de onde ele fica — resume Bruna.
Harmonia de estilos
Além da criatividade das arquitetas Bruna Fachinelli e Waleska Pinheiro Santos, que deram usos inusitados a utensílios domésticos de plástico, outros detalhes chamam a atenção dos visitantes no Lounge África.
É que as profissionais conseguiram modernizar o ambiente de forma sutil, fazendo uma mistura interessante entre peças clássicas e contemporâneas. Isso fica evidente quando o foco é a persiana bege, que cobre o centro da janela, e as duas cortinas de poliéster com seda, em um tom mais escuro, nas laterais.
Elas são fixadas em um trilho motorizado, que, para conforto do usuário, é operado por controle remoto. Logo à frente, contrastando com esse apelo bem atual, está a imponente cristaleira em estilo vitoriano, da década de 1950, em madeira com pintura dourada, que comporta outros objetos decorativos.
Trinta e seis sousplats coloridos adesivados com motivos africanos enfeitam a parede perpendicular ao painel predominante
Foto:
Ricardo Wolffenbüttel
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