A primeira noite de desfiles do Carnaval de Porto Alegre foi de surpresas. Enquanto Acadêmicos de Gravataí surpreendeu por um desfile com harmonia e boa evolução, a Bambas da Orgia fez bonito e provou que merece seu lugar no Grupo Especial. A destacada da noite foi a União da Vila do IAPI, que trouxe belas fantasias. Imperatriz Dona Leopoldina abriu os desfiles com competência, mas sem o luxo que o público quer ver.

Quem esteve no Porto Seco na sexta-feira viu uma aula de história passar em frente aos seus olhos. A Imperatriz relembrou a trajetória da União Nacional dos Estudantes (UNE) e trouxe de volta à memória momentos como a ditadura em uma alegoria. Dispensando os comentários sobre a polêmica, a agremiação mostrou com mérito os períodos da história. A matriarca da escola, dona Nena, foi homenageada em um carro. Ela faleceu num acidente de carro. Sua filha, Heleninha, escreveu "mãe" na barriga e fez sua referência. Sua neta, a segunda-porta bandeira Natali, desfilou machucada e com o pavilhão no colo. Em seu desfile, a deputada federal Manuela D'Ávila participou no abre-alas. O presidente da UNE, Daniel Iliescu, também foi destaque.

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Unidos de Vila Isabel mostrou com orgulho a sua origem: Ibia-Mon. Ou melhor, Viamão. Pensando no passado, podemos prosseguir para viver o futuro. Foi com esse pensamento que a Vila relembrou as glórias da cidade. Em uma das alegorias, retratou a Igreja da Matriz e chamou o padre Rogério Luis Flores, 49 anos, para participar. Estreante no Carnaval, o pároco torcia para que a família e os paroquianos tenham lhe acompanhado pela tevê.

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Qual o papel da água? A União da Vila da IAPI respondeu à pergunta: é o berço da existência. A celebração ao "bem mais precioso da terra" foi feita desde as sereias até os salva-vidas. Com muita competência, a escola mergulhou no luxo e conquistou o título de melhor escola da noite.

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O orgulho de Passo Fundo chegou à Acadêmicos de Gravataí. A surpresa da noite mostrou que não é uma das candidatas ao rebaixamento. A onça negra buscou no município cerca de 200 componentes para a devida caracterização. Para comemorar os 155 anos, as belezas naturais, o desenvolvimento e o povo de Passo Fundo foi exaltado. O índio nativo, o bandeirante, o imigrante e o tropeiro não ficaram de fora.

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O temor de que a Bambas da Orgia poderia ser rebaixado passou. A azul e branco deu um show de coreografia e entrosamento na bateria de mestre Estevão. A tristeza ficou da metade para o final, quando parecia que o ânimo dos componentes e o cuidado com as fantasias cansaram no enredo sobre Bagé. As alegorias da Bambas pesaram e deram trabalho aos puxadores, que se esforçaram ao máximo para não prejudicar a evolução. Foi um bom desfile, mas muito aquém do nível atingido pela azul e branco.