Denise Wascow  |  denise.waskow@diariogaucho.com.br

De volta ao Grupo Especial em 2012, a Protegidos da Princesa Isabel vai mostrar na avenida como o homem é influenciado pelas forças do bem e do mal durante a sua vida. O enredo mostra que esse conflito leva a um novo caminho, onde sempre há uma luz no fim do túnel. Nessa nova vida, a paz reina na Terra e o paraíso é tomado pela alegria do Carnaval.

A agremiação de Novo Hamburgo será a terceira a passar pela Passarela do Samba na noite de sábado. E promete um desfile com muita emoção, especialmente pela homenagem que a comunidade vai prestar ao fundador da escola, Sebastião Flores, que morreu em abril do ano passado.

Quase tudo pronto

Com um Carnaval bem organizado, a Protegidos começou a se preparar desde maio. O clima no barracão é de tranquilidade, com quase tudo pronto. Faltam apenas alguns detalhes para deixar a festa perfeita.

O carro abre-alas representa o caos total, com um grande baile do final do mundo. Já a segunda alegoria traz os quatro Cavaleiros do Apocalipse, que espalham pelo mundo a fome, a peste, a guerra e a morte, causando a destruição da natureza.

O terceiro carro mostra um novo caminho, representando o céu, quando o bem vence o mal. É decorado com anjos, santos e a imagem de pessoas que promovem a paz. Por fim, a quarta alegoria mostra que tudo acaba em Carnaval e traz a homenagem a Sebastião.

Ficha técnica

– Cores: vermelho, verde e branco

– Símbolo: coroa da princesa, negro e tambor

– Bairro: Rondônia, em Novo Hamburgo

– Fundação: 15 de novembro de 1969

– Presidente: Gelson Kohn (Geada)

– Carnavalesco: Ricardo Paulino

– Intérprete: Fábio Ananias

– Diretor de bateria: Jean Marcelo

– Mestre-sala e porta-bandeira: Chuca e Hélida

– Componentes: 1,7 mil

– Alegorias: 4 carros

– Enredo: Das Trevas à Luz... Seguimos Protegidos Rumo ao Paraíso

O samba-enredo

Das Trevas à Luz... Seguimos Protegidos Rumo ao Paraíso
Autores: Marcelo Demétrio, Gustavo Barros e Samir Trindade

Sou Protegidos da Princesa Isabel
O samba é meu paraíso
Em qualquer lugar, amor
Por você eu vou

Senhor, onde foi parar a criação?
A beleza divina não é mais um poema
Chegamos na escuridão, é o fim
A noite aos olhos do homem se faz eterna
Revela morte, fome, peste e guerra
É o mal que vai reinar
Lamentos de dor se espalham no ar
Plantamos aqui e vamos colher
Um mundo cruel pra se viver

Chora, natureza chora
Fauna, flora, céu e mar
És oh mãe a esperança
Pra vida enfim se renovar

Num toque de magia seus filhos despertam
Das trevas à luz de um novo dia
A brisa no rosto não é ilusão
É chama que aquece o meu coração
Meu pai seja você quem for
Estás aqui e protegido estou
Vem chegando seres divinais
Num lindo sonho sinto paz
No céu o vermelho, o verde e o branco
Saudade que brilha as cores do manto
Paixão que fez crescer a união
Hoje refletida em nossa emoção

DIÁRIO GAÚCHO