Gisele Mendonça  |  gisele.azevedo@diariogaucho.com.br

O samba no pé das passistas não é quesito avaliado pelos jurados, mas, sim pelo público. Para manter o corpo e a dança em dia, elas se preocupam em manter o pique.

A primeira passista da União da Vila do IAPI, Jéssica Navarro, 20 anos, dança na função há 11 anos. Quando iniciou no Carnaval, aos nove anos, o visual não era a principal preocupação. Mais tarde, passou a fazer academia e cuidar mais da alimentação.

– Eu entrei para a academia a fim de ter mais resistência, pois cansa muito ficar apenas dançando. Às vezes, a fantasia é pesada e a musculação me ajuda a ter mais força também – explica Jéssica.

Por mais a passista cuide da alimentação, é difícil manter o mesmo peso do Carnaval durante todo o ano, principalmente no inverno. Isso exige muita força de vontade e disciplina, conta a primeira passista da Bambas da Orgia, Débora Macedo, 30 anos.

– Eu procuro não comer muito, mas final de semana eu não resisto a uma massa, por exemplo. Como eu trabalho à noite, durante o dia aproveito para malhar. Fico cerca de seis horas na academia – revela Débora.

Durante o período de muitos shows e ensaios, Débora procura tomar suplementos nutritivos para ter mais resistência e força e, assim, aguentar a rotina corrida.

Com mais de três shows por semana, a primeira passista da Império da Zona Norte, Sara Amorin, 24 anos, procura ir à academia todos os dias.

– Eu tento malhar todos os dias pelo menos uma hora. A única coisa que faz eu deixar de treinar são os shows do Império, pois fico muito cansada – argumenta Sara.

Assim como muitas passistas, Sara procura investir em boa alimentação, como frutas, saladas e sucos o ano inteiro.

– Sei que posso comer um chocolate ou massa para dar mais energia na época dos ensaios, mas prefiro evitar – aconselha a passista.

 

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