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O ranking da educação brasileira

Denise Silva Nunes*

A Unesco divulgou a colocação do Brasil na 88ª posição no ranking da educação mundial. Ainda, dos 40 países pesquisados, o relatório da empresa internacional Pearson divulgou o país no 39º lugar. Realmente, diante desses indicadores, A Educação Precisa de Respostas. Pois, como justificar a colocação de 6ª potência econômica mundial e a educação em ínfimos patamares? Quem são os responsáveis por esta realidade?

A Constituição Federal preceitua a educação como um direito de todos e dever do Estado e da família, devendo ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Ou seja, a responsabilidade pela educação é de todos, e cada cidadão deve colaborar para a mudança desse cenário. Os objetivos constitucionais da educação priorizam a erradicação do analfabetismo, a universalização do atendimento escolar, a melhoria da qualidade do ensino, a formação para o trabalho, bem como a promoção humanística, científica e tecnológica do país. O status de direito fundamental da educação eleva a categoria dos direitos a serem protegidos pelo Estado, com a criação de mecanismos para a sua efetivação. Investir na educação significa a possibilidade de transformação social e de construir uma sociedade mais livre e mais igual.

Será que ocorre suficiente e adequado investimento na educação? Lamentavelmente, verificam-se escolas em situações precárias e, muitas vezes, estudantes com pouca frequência devido à falta de transporte e difícil acesso às escolas. Também há casos de escassez da merenda escolar, o que prejudica o aprendizado do aluno. A indigna remuneração dos professores pode influenciar no rendimento das aulas. A falta de comprometimento dos pais e responsáveis na educação dos filhos é outro agravante. Assim, como pretender a ?ordem e progresso? diante do descaso com a educação brasileira? A educação vai além da mera instrução, pois ela abrange a formação necessária para o desenvolvimento de aptidões e potencialidades do educando, além da qualificação para o trabalho e o exercício da cidadania. Com base nos princípios da democracia participativa, a sociedade pode exercer a fiscalização, proceder a reivindicações e incentivar a promoção da educação. O descaso e o não investimento na educação propiciam a vulnerabilidade do tecido social, pois, significa a violação de outros direitos, além de predispor à violência e à negação da cidadania.

A Educação Precisa de Respostas e o compromisso é de todos nós.

  • *Bacharel em Direito

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Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho

Prêmio RBS de Educação

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