Recentemente, chamou atenção o caso da estudante Isadora Faber, 13 anos, da rede municipal de ensino fundamental de Florianópolis, que utilizou a tecnologia, criando a página Diário de Classe, no Facebook, expondo imagens da situação de sua escola. O fato é pedagógico e lições serão apreendidas. Isadora foi a voz de 51 milhões de alunos matriculados na rede pública no Brasil.
Os alunos dominaram as tecnologias e viram o poder que a mídia tem. Neste caso, Isadora dá a primeira lição: utilizar as tecnologias para o bem, chamar a atenção das autoridades. Isadora não mudou de escola e, sim, resolveu juntar outras famílias para a solução do problema. Escolas com espírito inovador, grêmios estudantis atuantes e pais acompanhando o rendimento de seus filhos tendem a obter sucesso.
Isadora estuda numa escola Municipal onde o Ideb em 2011 foi de 6,1, entretanto, ela deixou claro que o índice não revela a qualidade. O indicador é um diagnóstico para os gestores, uma ferramenta de gestão.
A gestão escolar é ineficiente. O governador do Estado, Raimundo Colombo, enfatizou que o atual modelo de gestão escolar não responde aos novos desafios de melhorar a qualidade da escola pública. Uma gestão ineficaz, sem projeto pedagógico, apadrinhada politicamente, pode receber muitos recursos e não obter resultados.
Condições de trabalho impactam na melhoria do ensino. A lei do piso, na integralidade, pode atrair "os melhores" para o magistério. A escola integral é o caminho. A infraestrutura adequada e um projeto pedagógico inovador são elementos que poderão garantir a qualidade.
Enfim, a escola de Isadora já não é a mesma, e o exemplo acordou a todos. A mudança na educação começa pelos nossos estudantes esclarecidos e pelos professores comprometidos com uma educação emancipacionista.
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