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29 de junho de 2024
 

| 18/06/2008 | 10h21min

Dólar abre em alta de 0,40% a R$ 1,6145 na BM&F

Moeda americana teve nesta terça-feira a maior queda desde janeiro de 1999

O dólar à vista abriu em alta de 0,40%, cotado a R$ 1,6145 na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Instantes após a abertura, às 9h55min (de Brasília), a moeda norte-americana ampliava a alta e subia 0,44%, a R$ 1,615, na taxa máxima do dia até o momento.

O clima de aversão ao risco volta a contaminar as transações dos mercados internacionais. Lá fora, o temor com a inflação e a divulgação de opiniões de analistas renomados prevendo a continuidade de momentos difíceis para o segmento de crédito enterraram, por ora, o fôlego recente que os investidores tinham encontrado em número pouco melhores da economia dos Estados Unidos.

Dados esses que, inclusive, já foram colocados à prova por novos números negativos, como o de confiança do consumidor e produção industrial de Nova York. O índice de preços ao produtor norte-americano (PPI) de ontem, também não ajudou ao mostrar uma inflação de 1,4% em maio, muito superior ao previsto. No exterior há instituições recomendando a venda de moeda de países emergentes, entre elas o real.

Diante desse cenário, a perspectiva é que o dólar inicie a manhã de hoje com pequena alta. Até porque, o fechamento de ontem apresentou uma baixa de mais de 1% na cotação da moeda norte-americana ante o real, na casa dos R$ 1,60, a R$ 1,608, levando o dólar, novamente, aos níveis mais baixos desde janeiro de 1999.

E um ajuste é comum em momentos como esse. Ainda assim, as estimativas de que as entradas continuarão a garantir um fluxo positivo - mesmo que venha a ser menor nos próximos dias com a elevação da aversão ao risco - tendem a impedir que se crie um apetite firme e constante pela divisa norte-americana.

Assim, o enxugamento da liquidez continua sendo papel, principalmente, para o Banco Central em seus diários leilões de compra de dólares no mercado à vista. Os números sobre as últimas atuações poderão ser melhor avaliados pelo mercado hoje, depois que o BC divulgar os dados preliminares do fluxo cambial e posição dos bancos de junho, a partir das 12h30 (de Brasília).

Vale ressaltar, no entanto, que quando a responsabilidade pela queda das taxas é principalmente o movimento de arbitragem (operação que busca ganhar com a diferença entre as taxas de juros interno e externa), os leilões do mercado à vista têm pouco poder para interferir na trajetória.

 

AE

 

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