A consulta à Fifa, última cartada para o Grêmio inscrever o meia Tcheco no Brasileirão antes de agosto, pode nem mesmo ser colocada em prática. O motivo é o alto custo. O Tricolor estima gastar cerca de 20 mil euros (R$ 54 mil) com viagem, hotel e gasto com documentos. Mesmo assim, o jogador está otimista:

– Estou otimista que poderei jogar antes de agosto. Já conversei com meu advogado e vou até a instância final para exercer meu direito de trabalhador – salientou.

Tcheco torce para que o Grêmio, embora o custo aproximado de R$ 54 mil, esgote as chances de inscrevê-lo ainda nesta semana.

– A CBF não deu garantia, mas acredito que a Fifa vai entender meu caso – disse o meia.

A CBF entende que o jogador, vindo do Al Ittihad (Arábia Saudita), só poderá atuar a partir de 5 de agosto (janela de transferências internacionais).

– A Fifa é muito rígida. Sem falar que demorariam 20 dias para nos responder. E o custo é elevado. Não adianta entrar numa canoa furada – analisou o diretor jurídico gremista Gustavo Pinheiro.

Neste caso, Tcheco treinaria até 5 de agosto e perderia 13 partidas do Nacional. Sua apresentação está prevista para esta quarta-feira, no Olímpico. Ele assinará contrato hoje.

A esperança gremista é provar que a inscrição não provocaria um desequilíbrio técnico na competição. Isto porque o Brasileirão permite que atletas troquem de clube desde que não tenham participado de mais de seis jogos.

– Ninguém sairia prejudicado – afirmou Gustavo.

O Grêmio argumenta também que Tcheco não tem vínculo com nenhum clube e não pode ser impedido de exercer sua função. Um recurso na Justiça do Trabalho, por enquanto, está descartado.