O meia Ronaldinho não é mais o mesmo jogador de quando chegou no Barcelona e, por isso, deve trocar de clube. Esta é a opinião do técnico da seleção portuguesa Luiz Felipe Scolari, que conviveu com o meia em 2002, na campanha do pentacampeonato do Brasil na Copa do Mundo do Japão e da Coréia do Sul.

– Acho que, quem sabe, para o Ronaldinho e para o Barcelona o momento seja de uma saída, e aí as coisas fiquem normalizadas tanto para o Ronaldo como para o Barcelona. Mas ele ainda é um dos cinco melhores do mundo e faz falta a qualquer time de futebol – opinou o treinador, que considera normal a queda de rendimento do atleta brasileiro.

– Um jogador não pode ficar quatro ou cinco anos sendo o melhor do mundo. Em determinado momento ele vai cair. Aí tem que ser feito um trabalho com os torcedores, de amparo ao atleta – comentou Felipão.

O técnico de Portugal também falou sobre a proposta do presidente do Brasil Luis Inácio Lula da Silva de se tentar evitar a saída precipitada de jovens jogadores para o futebol do exterior.

– Já apresentei algumas idéias ao presidente e reiterei que já existem leis. Só que essas leis, de alguma forma, são burladas, e todos nós sabemos como. Por exemplo, trazer os pais dos meninos para trabalhar em uma cidade da Europa não é ilegal – afirmou.

Sobre a situação à frente de Portugal, Scolari deixou aberta a possibilidade de renovar seu contrato, que termina após a Eurocopa de 2008.

– Desde que eu vim para Portugal, meus contratos terminam no final das competições e tenho renovado no meio das competições. Não quero mudar isso. 'Está nas mãos da Federação fazer mais um contrato. No dia em que eles disserem que não querem manter a opção, eu tenho a oportunidade de conversar com qualquer outra federação – revelou.