Aroldo Glomb em MontevidéoFoto: Valeria Zaia |
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Não sei direito se realmente aconteceu comigo, mas que passou perto, passou. Recentemente, minha namorada e eu voltamos da cidade de Montevidéu, a histórica capital do Uruguai. Foi um passeio diferente e surpreendente, já que eu acabei ganhando a viagem e não foi para o chamado lugar comum – Buenos Aires é o destino de muitas pessoas.
Mas não estou aqui para escrever um diário de férias, e sim sobre a suspeita da famosa e temida Gripe A, ou H1N1 , ou a ‘do porco’, chamem como quiser. Na chegada em Montevidéu, todos no avião receberam uma dosagem de algum produto para evitar que o vírus entrasse no nosso ‘paisíto’ vizinho. Literalmente fomos dedetizados ainda no avião e recebidos com funcionários mascarados no aeroporto de Carrasco. No mais, tudo normal.
Passados onze dias da minha volta, em uma sexta-feira, as dores no meu corpo começaram e, no dia seguinte, a febre forte com dores de cabeça e tudo mais. Como estive recentemente em trânsito por aeroportos e em um país com aquela típica paranóia causada por uma pandemia, eu resolvi dar uma verificada no que poderia ser.
Estaria com a gripe suína?
Como resido bem na frente do Hospital Evangélico, a minha opção mais óbvia foi dar uma passada ali para receber algumas orientações. A informação que recebi foi a de seguir até o posto de saúde do Campo Comprido, já que eles estavam dando prioridade para essas suspeitas. Lá fui eu!
Mesmo com a ‘prioridade’ no atendimento, levei mais de uma hora e meia para ser atendido. Tudo bem, eu estava apenas com suspeita e havia pessoas com problemas mais graves e realmente, mas não havia tantas pessoas lá para serem atendidas. Ao chegar a minha vez o médico nem examinou e mandou para a ‘coleta’. A secreção das narinas é o material recolhido para tal exame, mas não naquela noite. As enfermeiras não estavam mais recolhendo nada e era para eu voltar no dia seguinte. Descobri,depois, que elas não estavam com o treinamento que seria feito naquela semana, ou algo assim, cada um falava uma coisa bem diferente.
Acabei seguindo para o Hospital Santa Cruz que apenas tirou uma ‘chapa' do meu pulmão. Como era esperado, nada encontrou, mas não descartou a gripe, e eu fiquei esperando outros procedimentos – tudo isso com aquela máscara. Um dos médicos me informou que eu precisava ligar para a ambulância do SAMU.
Apenas assim eles viriam me buscar e levar para o Hospital de Clínicas, o HC, que era o local preparado para receber os casos suspeitos.
Não deu certo! Eles não iriam buscar pessoas que chegaram de outros países após 10 dias – como se apenas isso fosse o suficiente para averiguar uma possível contaminação.
Fiquei em casa no domingo, repousando, totalmente de molho. Na segunda, um pouco melhor, o meu chefe me mandou para o hospital para evitar e afastar qualquer risco ou dúvida. Fui no HC direto e, lá dentro, me passaram uma nova informação: eles não faziam mais nenhum exame ali e que eu deveria seguir para um posto de saúde – aquele mesmo que tinha um médico que não sabia identificar o que eu tinha e cujas enfermeiras estavam ainda em treinamento e não podiam recolher nada de material para exame.
Mas fui até outro posto, no centro, e após quase duas horas uma médica me atendeu e afirmou que eu nada tinha além de uma gripe normal. Precisa falar que o atendimento foi superficial ?
Na saída, meu editor me liga para informar que o Ministério da Saúde ‘baixou’ de 10 para sete dias o período de perigo da gripe começar após uma pessoa ir até um local de risco.
Resumo da ópera: tive uma gripe forte que me assustou por que me derrubou na sexta-feira a noite. Até agora não sei se eu tive a tal da Gripe A, mas eliminei agora e estou bem. Agora estou 100%, mas imagina se eu realmente estivesse contaminado...
Informações e serviços, muitos links para o Guia da Saúde e números de casos que estiverem sendo atualizados além de conteúdos multimídia para ajudar a população com todas as informações sobre a Gripe A (H1N1), a Gripe Suína. Canal da Saúde em
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