Kléber enfureceu parte da torcida do Cruzeiro ao aparecer em uma festa da torcida palmeirense na semana do duelo entre as equipes pelo Brasileirão. Um caso clássico de quem usa a cabeça só para separar as orelhasFoto: Washington Alves/Vipcomm |
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Jogador de futebol tem fama de não ser muito, digamos... antenado nas coisas que acontecem ao seu redor. Alienados, portanto. Claro que existem exceções, mas elas estão aí justamente para confirmar a regra. Mas o caso do atacante Kléber, do Cruzeiro, é emblemático. Esse é burro mesmo, completamente desprovido de cérebro. Como dizia meu pai quando eu era criança, "só usa a cabeça para separar as orelhas". O episódio dessa semana, quando ele foi flagrado em uma festa da torcida organizada do Palmeiras (ex-clube dele), às vésperas do confronto decisivo entre as equipes pelo Brasileirão, ilustra bem o que eu quero dizer. O jogador é um clássico tipo do nosso futebol: 100% talento puro, zero de inteligência. É um atacante com faro de gol como poucos, e além de tudo tem habilidade acima da média dos chamados homens-gol. Mas não decola na carreira justamente pelas asneiras que vive protagonizando. Nesse sentido, lembra demais o Edmundo no início da carreira, quando foi do Vasco para aquele timaço do Palmeiras. Kléber surgiu nas divisões de base do São Paulo como uma promessa. Até chegou a jogar no time principal, mas logo foi vendido para o futebol ucraniano. Na época ninguém entendeu muito bem o negócio, mas o passar dos anos deixou isso muito claro: desde cedo Kléber já era um garoto-problema. O tricolor percebeu e decidiu livrar-se dele o quanto antes. Mas é claro que ele também é ótimo jogador, o que fez alguns outros clubes decidirem apostar mesmo assim. E em campo, quando quer, Kléber vale sim o investimento. Foi muito bem no Palmeiras (vinha de temporadas apagadíssimas na Europa e ressurgiu no cenário) e no Cruzeiro também vai bem, apesar do excesso de expulsões que costuma deixar o time na mão quando mais precisa. Aí, de repente o jogador começa a dar pinta de estar desmotivado em Minas. Pra chutar o balde de vez, aparece numa festa do time adversário na semana de um jogo importantíssimo contra o próprio (aliás, para onde ele sonha retornar). Vai que no jogo dessa quarta ele perca um gol feito, coisa que qualquer atacante está sujeito. Pronto! A torcida azul, que ontem já esbravejou contra ele, o marcará para sempre. Aliás, até nisso Kléber se parece com Edmundo. Quem não lembra daquele episódio, começo da década, quando o Animal, então no Cruzeiro, disse que não gostaria de marcar contra o Vasco na véspera de um jogo entre as equipes. Em campo, perdeu um pênalti (nenhuma novidade quando se trata de Edmundo) e até hoje é acusado de ter feito corpo mole. Qualquer jogador tem o direito de torcer para um clube, mesmo que não seja o dele atual (ocorre em 99% dos casos, já que a rotatividade da boleirada é enorme). Mas precisa ter o cuidado (ou o mínimo de inteligência) de não provocar a fúria do torcedor, sempre tão passional. Até por uma questão de segurança pessoal. Kléber deu uma tremenda mancada. Torço para que não sofra retaliações sérias pela burrice.
A opinião e a análise sem meias palavras do editor de Esportes do Santa, Rodrigo Braga, sobre o que rola no mundo esportivo. Destaque para o futebol, mas nenhuma modalidade deixará de merecer um pitaco. Fale com o blogueiro No Twitter:
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