A zebra, eterna companheira do matemático Oswald de Souza, poderia definir bem o que tem acontecido com os números no BrasileirãoFoto: Divulgação |
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Já comentei no post anterior sobre a improvável salvação do Fluminense. Errei feio no palpite e já dei lá minhas explicações aos tricolores enfurecidos. Agora, resolvi sair em defesa do Oswald de Souza, o mais famoso dos matemáticos do Brasil.
Eu não gosto muito de matemática. Gosto mais ou menos, até a 4ª série eu adorava, depois comecei a gostar mais de futebol e mulher e a matemática se foi da minha vida. Hoje, só o básico. Portanto, jamais faria essas contas mirabolantes, mas admiro quem as faz.
O Oswald é meu seguidor lá no twitter. Está sempre ali em Itapema e esteve aqui em Blumenau dias atrás dando entevista para o colega Cláudio Holzer. E lá ele disse com todas as letras: "O Flu não vai cair".
Nesse caso, falou o coração de torcedor, não a lógica fria dos números. Acompanho as estatísticas do Oswald no twitter, e todo vez que vai falar do Flu ele vive um dilema, não consegue separar o matémático do apaixonado pelo tricolor das Laranjeiras. É engraçado e comovente ao mesmo tempo, porque foi pela empolgação dele a cada jogo dessa arrancada que acabei também entrando na torcida para que todo o esforço dos jogadores do Flu resultasse na salvação do clube, como aconteceu.
Ontem (domingo), o Oswald era um dos caras mais felizes no twitter. Aí, hoje, sabe o que a torcida do Fluminense fez? Na chegada do time ao Rio, uma faixa no aeroporto zombava dos matemáticos, Oswald incluído, que chegaram a dar 99% de chances de o Flu ser rebaixado. A faixa diz assim: "Tristão Garcia (matemático gaúcho), Osvaldo (sic) de Souza e minha sogra não entende (sic) nada de futebol". E pelo jeito quem escreveu não entende nada de português.
Reitero, o que o Flu fez, se salvar após ter sim senhor 99% de chances de cair, subverte qualquer lógica. Mas a torcida não deveria esbravejar e nem criticar quem falou isso, e sim cobrar da diretoria para que isso não aconteça outra vez (porque, sinceramente, duvido que o raio vá cair três vezes no mesmo lugar, já que no ano passado o Flu também escapou no fim).
E, por fim, minha defesa dos matemáticos. O Brasileirão, com todo o seu equilíbrio e imprevisibilidade, não é terreno fértil para este tipo de ciência. Além do Flu, esse ano o Flamengo também esteve lá na rabeira, com chances, como se diz, matemáticas, de ser campeão. E arrancou de forma fantástica para a taça. Ano passado, o São Paulo chegou a ter 1% de chance de ser campeão, e foi. Ou seja, a falta de lógica do Brasileirão maltrata profissionais que se esforçam um bocado para tentar colocar alguma lógica no campeonato. E acabam alvo de protestos pouco racionais, como esse.
Tô contigo, Oswald!
A opinião e a análise sem meias palavras do editor de Esportes do Santa, Rodrigo Braga, sobre o que rola no mundo esportivo. Destaque para o futebol, mas nenhuma modalidade deixará de merecer um pitaco. Fale com o blogueiro No Twitter:
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