Quem mais valorizou o empate em 1 a 1 do Brasil com o Guarani foi o time de Campinas. O grande Bugre, campeão brasileiro de 1978, camisa mais tradicional deste octogonal da Série C, jogou no Bento Freitas como se fosse o Dínamo de Santa Rosa - dando bico para tudo quanto foi lado, cometendo faltas atrás de faltas (com a conivência da arbitragem), fazendo cera com encenações ridículas (uma hora caíram dois no gramado ao mesmo tempo) e provocando um tumulto no final da partida para evitar uma cobrança de falta.
O Guarani comemorou o empate. O que demonstra a superioridade do Brasil no jogo. Isso valoriza demais a atuação do Brasil. No primeiro tempo o jogo foi equilibrado, com Vanderlei salvando as melhores chances dos visitantes. Mas na etapa final, o Xavante pressionou o tempo inteiro, marcou um gol cedo com Claudio Milar, mas levou o empate em uma infelicidade do Vanderlei. Leia a matéria da partida, com ficha técnica, clicando aqui.
Todo mundo sabia que seria difícil vencer o tradicional e forte Guarani, que se comportou como um valoroso time pequeno no Caldeirão. O Brasil manteve a invencibilidade em casa, mas sai de campo com a impressão de uma derrota. Agora, restam três partidas - duas fora. E o Brasil tem que ganhar TODAS para se garantir. Ou então recorrer à calculadora. Será que dá?
Como assisti ao jogo pela Sportv, peço licença aos deslumbrados e iludidos para postar abaixo a cotação da partida. E no final, acessem o link do blog Preleção, onde fiz uma análise do interessante sistema tático do Beto Almeida, em um 4-4-2 "invertido". Aí vai:
Vanderlei: herói do primeiro tempo, mas falhou no empate - nota 6
Diego Bottin: bom apoio, não deveria ter saído no intervalo - nota 7
Rodrigo: ganhou todas, por cima e por baixo - nota 7
Alex Martins: esbanjou a conhecida raça, e jogou lesionado no final - nota 7
Gleidson: não repetiu as boas atuações anteriores - nota 5
Marcos Alexandre: competente na marcação e na cobertura - nota 7
Cléber Gaúcho: muito vigor na marcação, assumiu a responsabilidade do jogo no segundo tempo - nota 8
Júnior Paulista: participou de tabelas e procurou o jogo, sem muito sucesso - nota 6
Vainer: foi o principal articulador Xavante, atuando preferencialmente pela direita, mas com intensa movimentação pelo campo todo - nota 9
Claudio Milar: exagerou no individualismo, mas foi o único atacante do Brasil em campo - nota 6
Sharlei: como diria o mestre Claudio Cabral..."ganha um porque teve trabalho de se fardar" - nota 1
Alex Albert: bem no apoio, trazendo a bola para o meio - nota 6
Diego Biro e Felipe: pouco acrescentaram - nota 5
Beto Almeida: armou um 4-4-2 "invertido", com canhotos na direita e destros na esquerda. Abriu os lados para o apoio dos laterais. Pela primeira vez na Série C, vi um Xavante destemido, tentando o ataque e lutando sempre para obter posse de bola. Mas o Guarani se fechou, e aí o Brasil sentiu a falta do centroavante. Sem camisa 9, fica quase impossível vencer uma retranca. Beto foi bem, e tentou tudo o que pôde. Discordo da saída de Bottin, mas de resto ele foi bem - nota 7
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