A viagem de 30 horas de Joinville a Xalapa, com muita emoção nos translados, tornou-se seis etapas: Joinville, Curitiba, São Paulo, Santiago, Cidade do México e, finalmente, Xalapa. Durante estas 30 horas em direção ao torneio das Américas, competição mais importante do basquetebol da América do Sul – assim como a Libertadores é para o futebol a Liga das Américas é para o basquete – nos dividimos em duas partes: jogadores em um vôo, comissão técnica e Gaúcho, nosso mais novo jogador, em outro vôo, até nos reencontrarmos no Hotel Xalapa.
Representar o basquete brasileiro, nossa cidade e o Estado de Santa Catarina é muito importante, mas o que nos mobiliza e faz nossa luta diária é o Basquete de Joinville, hoje mais do que uma equipe esportiva, uma entidade que busca através do esporte da cesta inspirar jovens, mostrar valores essenciais para nossos irmãos e, principalmente,difundir preceitos para uma vida mais solidária. Um processo onde o indivíduo possa ser mais saudável por meio de princípios físicos, mentais e espirituais, que sonhe em transformar de maneira positiva e permanente nossa sociedade, agregando e construindo com humanidade.
A viagem do Basquete de Joinville não tem destino final porque a nossa busca é pela evolução constante, transformando e pensando sempre positivamente sobre novas formas de trabalho e relacionamentos. A união de todos representa o grande tesouro, aumentando o potencial ilimitado do ser humano e conseguindo desbloquear os extraordinários poderes de nosso corpo e mente, com todos voltados para o entendimento maior entre os homens que é a vontade Dele.
A engenharia humana que se constrói dia a dia no Basquete de Joinville criou alicerces ainda mais sólidos nesse estreitamento de amizade e respeito entre nós. Subimos mais uma laje e esse avanço significativo é o maior sucesso do processo que iniciamos há pouco mais de dois anos. Diferentemente da maioria das agremiações, a nossa não tem destino final, porque de maneira constante buscamos a evolução com a união e a força de todos, não tendo como verdadeiro sucesso apenas as vitórias. Nossa medida de traduz no processo de atenção à vida e ao envolvimento prático, dedicados e conscientes de nossas tarefas.
Um ciclo termina e já nos atiramos com a coragem de guerreiros do basquete, aprendendo com as adversidades e focados em como se joga o jogo, em como se vive a vida, fugindo das armadilhas, tentando conhecer mais nossas vulnerabilidades e com muito treinamento físico, mental e espiritual criar em nossa equipe equilíbrio, moderação e simplicidade.
Com a visão ampla do que sonhamos e compreendendo que a competição é uma montanha-russa, tenhamos a paciência e a generosidade para as subidas descidas e desfrutemos o esporte pelo prazer que nos proporciona. Que o poder pessoal de cada um de nós esteja sempre limpo e convicto de que juntos e pensando que pode dar certo, ajamos e acreditemos cada vez mais em si mesmo e no seu próximo, com respeito e amor ao todo e à vida.
O paulista Alberto Bial nasceu em 1952. Começou a jogar basquete em 1966. Atuou no Fluminense, Flamengo, Municipal e Mackenzie. Em 1982, assumiu de vez o ofício de treinador. Foi campeão carioca, bicampeão goiano e quatro vezes campeão catarinense. Pelo Vasco, conquistou o Sul-americano de 1998. Bial treina o time masculino de Joinville desde 2005, além de atuar em programas sociais e integrar a equipe de comentaristas da SporTV.
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