Foto: Kevin Rivoli, AP, Roy Dabner e Mark Goldman, EFE |
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Saudações, internautas! A partir de agora este blog vai trazer informações e análises de tudo o que acontece nos garrafões e nas zonas mortas de todo o mundo. Sem deixar de olhar, é claro, para nossas competições regionais e nacionais. Já estava na hora, né? Mas não é por acaso que o Zona Morta estréia hoje. É que a partir de amanhã começa a temporada regular da competição que mais apaixona basqueteiros e basqueteiras no mundo inteiro: NBA.
E como a nossa seleção não tem empolgado a torcida, resta nos orgulhar dos brasileiros que fazem bonito nas quadras norte-americanas: Nenê, do Denver Nuggets, Leandrinho, do Phoenix Suns e Anderson Varejão, do Cleveland Cavaliers. Por pouco deixamos de ter um quarto brasileiro na principal liga do mundo. O pivô Baby, ex-Utah Jazz, chegou a disputar alguns jogos pelo Minnesota Timberwolves na pré-temporada, mas não convenceu e foi dispensado. Que pena...
Nenê: rebotes e enterradas
Quem mandou bem na pré-temporada foi o pivô Nenê. Titular nos seis jogos disputados pelo Nuggets, o paulista de São Carlos marcou 65 pontos e pegou nada menos que 32 rebotes, sendo sete ofensivos e 25 defensivos. Média de 5.30 por jogo. Além de ter sido o responsável por lances que empolgaram a torcida, como esta enterrada em cima de Jamario Moon durante a vitória por 105 a 94 sobre o Raptors:
Desde os tempos de Vasco, Nenê tem como principal característica a força física, como pudemos ver no vídeo acima. É único pivô fixo titular do Nuggets, time que teve a segunda melhor campanha da conferência oeste na pré-temporada, com cinco vitórias. Só ficou atrás do New Orleans Hornets. Será que está pintando o primeiro brasileiro a usar o famoso anel da NBA?
Varejão: o carisma do Wild Thing
Que a torcida do Cavaliers adora o ala/pivô Anderson Varejão todo mundo sabe. Lá em Cleveland, o brasileiro nascido em Colatina (Espírito Santo) é conhecido como Wild Thing (coisa selvagem), apelido inspirado em sua cabeleira estilo Valderrama. O visual do brasileiro realmente empolgou os torcedores do Cavs, que o homenageiam com o “Varejão Day”. O próximo está marcado para o dia 5 de dezembro, quando a franquia distribuirá perucas inspiradas no jogador para quem for à Quicken Loans Arena assistir ao duelo com o Indiana Pacers.
Varejão aposta tudo nesta temporada. No ano passado, ele entrou em um impasse na renovação de contrato com o Cavs. Chegou a assinar com o Charlotte Bobcats, mas não defendeu o time da Carolina do Norte. Voltou para Cleveland e virou xodó da torcida, mas perdeu os primeiros jogos da liga. Além disso, sofreu uma lesão no tornozelo aquela mesma que o tirou da seleção brasileira no Pré-Olímpico de Atenas.
O capixaba entrou em quadra nos oito jogos disputados pelo Cavaliers na pré-temporada, mas só foi titular na derrota por 96 a 94 para o campeão Boston Celtics. No total, foram 59 pontos, média de 7,4 por partida, além de 34 rebotes (4,3 por jogo). Depois de se tornar o primeiro brasileiro finalista da NBA em 2006/2007, Varejão quer seguir fazendo história nas quadras norte-americanas. Alguém duvida? Então dá uma olhada nesta seleção de jogadas da carreira do jogador:
Leandrinho: concorrência forte
Um é titular absoluto e o outro é ídolo da torcida. Mas a situação do armador Leandrinho no Phoenix Suns não é tão confortável quanto a dos compatriotas Nenê e Varejão. Não falta habilidade ao paulista de Bauru, mas a concorrência é forte. Ele joga no mesmo time – e na mesma posição – do astro canadense Steve Nash, integrante do seleto grupo dos 11 jogadores da história da NBA mais de uma vez eleitos MVP, nas temporadas 2004/2005 e 2005/2006.
Leandrinho briga pela condição de reserva número um de Nash com o esloveno Goran Dragic, contratado pelo Suns para esta temporada. E o europeu está levando vantagem. Durante a pré-temporada, Nash torceu o tornozelo e foi substituído por Dragic na derrota por 94 a 91 para o Nuggets e na vitória por 111 a 108 sobre o Bobcats.
A vantagem é que Dragic joga como armador mais centralizado, enquanto Leandrinho tem a característica de infiltrar. Assim, ele pode atuar lado do esloveno como ala/armador, com mais liberdade para ir para a cesta. Foi o que aconteceu nos 86 a 69 aplicados nos LA Clippers, único jogo em que o brasileiro atuou como titular. No último compromisso pela pré-temporada, vitória sobre o Oklahoma Thunder (antigo Seattle Supersonics) por 102 a 93, Nash voltou para a equipe e acabou com a festa os dois...
Leandrinho ainda teve que superar um problema pessoal durante a pré-temporada. Ele precisou vir para o Brasil acompanhar a mãe, Ivete Barbosa, que esteve gravemente doente, e ficou de fora dos quatro primeiros jogos. Depois, participou de outros quatro e fez 45 pontos, média de 11,3 por partida. Aí vai um “top 10” para mostrar que Leandrinho tem condições de, no mínimo, ser o reserva imediato de Nash:
A temporada da NBA começa nesta terça, quando o Cavs de Varejão vai a Chicago enfrentar o Celtics. Na quarta, o Nuggets de Nenê e o Suns de Leandrinho também jogam fora de casa, respectivamente contra Jazz e Spurs.
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