Diagrama tático do Inter no 4-5-1, com o pivô utilizado na transição para o contra-ataque |
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Ontem em entrevista coletiva o técnico Mário Sérgio foi perguntado sobre a possibilidade de substituir Alecsandro por um jogador de maior velocidade na próxima partida - para aproveitar os contra-ataques fora de casa, contra o Atlético-MG. E o treinador do Inter utilizou a questão para trazer ao debate uma boa imagem teórica para debatermos aqui no blog Preleção.
Segundo Mário Sérgio, a saída rápida nos contra-ataques tem duas possibilidades: ou com dois jogadores de velocidade pelos lados, ou com a presença de um centroavante no pivô. Foi desta forma que ele justificou a tendência de manter Alecsandro na equipe, no confronto do Mineirão.
A preferência faz sentido, principalmente se Mário Sérgio não alterar a estrutura do 4-5-1 (desdobrável em 4-2-3-1) que deu a vitória sobre o Santos. Isso porque o centroavante-pivô, quando acionado, segura a bola o tempo suficiente para a aproximação dos meias ofensivos. É uma forma de valorizar a posse de bola, sem "apressar" a transição.
Nesta alternativa, o pivô é responsável pelo agrupamento das linhas. No caso do Inter, domingo, cito o exemplo: o Atlético-MG pressiona, as duas linhas do meio-campo coloradas são empurradas para a frente da própria área, abrindo um espaço muito grande entre o bloco de contenção e o único atacante.
Se este atacante for um jogador de velocidade, esta característica o levará a partir para cima assim que receber a bola na ligação direta para o contra-ataque. Não dará tempo, portanto, para receber auxílio dos demais companheiros. Acabaria, por si, isolando-se no ataque.
Com o pivô, a equipe pode fazer a transição de maneira mais organizada. Ele segura a bola e permite o avanço organizado dos meias, com três opções de distribuição: para algum dos dois lados, ou pelo meio.
Só peço por favor, antes de se manifestarem nos comentários, que abstraiam do nome - Alecsandro - na análise. Só utilizei os exemplos dele, de Mário Sérgio e do Inter, pelo "gancho" oportunizado pelo treinador do Inter na entrevista. O melhor será debatermos sobre a opção tática deste 4-5-1 com a estratégia aplicada de valorização da posse de bola no contra-ataque, tendo na figura do centroavante-pivô a referência para a distrubição das jogadas e o agrupamento das linhas ofensivas.
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