Diagrama tático do Uruguai, contra a Argentina |
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Como o blog Preleção já havia analisado há muito em 30 de março e em 05 de junho - o Uruguai hoje enfrentou a Argentina se utilizando dos três zagueiros. Brasileiríssimo, com três zagueiros fixos (nenhum líbero), três volantes e dois alas bem abertos pelos lados. Perdeu em casa para a Argentina, e vai à repescagem.
O desenho do 3-6-1 uruguaio no meio-campo é diferente dos "nossos" em quadrado, como no Goiás e no Inter. O setor apresentou um losango, com Gargano no primeiro vértice, Rodríguez e Pérez na segunda linha, e Forlán fazendo o enganche.
A.Pereira e M.Pereira foram os alas, muito abertos e buscando as jogadas pelos lados. E Suárez atuou como o único atacante, fixo, lá na frente. A ele se juntavam, além dos alas, Forlán - que se movimentava de lado a outro, aproximando-se com a bola, em velocidade.
Mas - e já debatemos isso à exaustão - o 3-6-1 é um sistema reativo. Precisa que o adversário avance para ter resultado. E a Argentina, no 4-4-2 em duas linhas utilizado por Maradona na sua partida de estreia pela seleção, adotou a cautela como estratégia.
Precisando atacar, precisando se articular, com três zagueiros e três volantes, alas abertos, dependendo apenas de Forlán, o Uruguai "emburreceu". Foi um jogo chato. Utilizo a palavra emburreceu não como ofensa, mas como metáfora para a falta de criatividade. Comum a este tipo de sistema. E sem um trombador lá na frente, nem a ligação direta funcionou.
Desejo sorte ao Uruguai na repescagem. E quem sabe, um retorno à sua característica histórica de futebol com um meio-campo mais criativo. Ou alguém já se esqueceu de Francescoli?
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