Uruguai vinha jogando no 3-5-2, com saída pela direita, e Cristian Rodriguez na esquerda. Sem ele, como será? |
![]() |
Nestas Eliminatórias Sul-Americanas, o técnico Oscar Tabarez consolidou o sistema 3-5-2 como preferencial do Uruguai - confiram no arquivo do blog Preleção uma análise da Celeste Olímpica no confronto com o Paraguai.
A dúvida é: sem Cristian Rodriguez, o Uruguai vai manter o 3-5-2 contra o Brasil? É um questionamento muito pertinente, porque vinha do camisa 7 da seleção o equilíbrio da equipe. Sem ele, suspenso, Tabarez especula a escalação de um meio-campista mais defensivo - Jorge Martinez, do Catania. E, fazendo muito mistério, o técnico uruguaio não nos ajuda a projetar a movimentação do Uruguai.
No 3-5-2, o Uruguai faz a saída pela direita. O zagueiro Cáceres, a exemplo do que faz Léo no Grêmio, empurra o ala Maximiliano Pereira para frente. O segundo volante Eguren também se aproxima do setor, fechando uma boa triangulação. E até mesmo o atacante Luís Suárez movimenta-se aberto na direita. É o lado forte do Uruguai.
Para equilibrar a equipe, na esquerda o Uruguai contava com Cristian Rodriguez. Ele atua como o meia mais avançado do 3-5-2 celeste, aberto pela ponta, quase como um atacante. Para não afunilar, a sua movimentação predileta é mesmo a diagonal do meio para a linha de fundo, abrindo a marcação na frente da área adversária, e chamando o apoio do ala Alvaro Pereira.
Alijado de Cristian Rodriguez, o Uruguai talvez não conte no elenco com um jogador capaz de fazer este movimento. E seria fundamental para o adversário brasileiro, afinal, ele teria campo para jogar às costas do apoiador Daniel Alves e do meia Elano. No outro setor, todo o paredão de apoio da direita, com Maximiliano, Cáceres e Eguren, deve bater de frente com o lateral colorado Kleber, mais defensivo, e com o volante Felipe Melo, trancando sua saída prioritária.
Talvez - é só uma hipótese - o Uruguai, mantendo-se no 3-5-2, e sem Cristian Rodriguez, aposte na ligação direta. Os atacantes são muito rápidos. Muito mesmo. Forlán joga da esquerda para o meio, e o mesmo faz Suárez na direita, buscando a área. Não vou me surpreender se os alas uruguaios lançarem os atacantes a partir da intermediária, forçando as infiltrações em velocidade sobre Lúcio e Juan. Seria uma estratégia simples, amparada na ideia do "abafa" em casa, acionando Forlán e Suárez sempre que no meio-campo e pelos lados a saída não seja alcançada.
Sorte do Brasil que Cristian Rodriguez não joga. Somente amanhã veremos que soluções táticas Tabarez vai apresentar para aliviar os prejuízos provocados pela ausência do meia do Porto.
Dúvidas Frequentes | Fale conosco | Anuncie - © 2009 RBS Internet e Inovação - Todos os direitos reservados.