Mantido o 4-2-3-1 de Wenger, o Arsenal apresentou duas jogadas distintias - na esquerda com Clichy, graças às diagonais de Arshavin; e na direita, com Walcott, apronfundando. Todos em busca de Adebayor. Fábregas foi o organizador. |
Também acompanhei hoje à vitória do Arsenal sobre o Manchester City, em Londres, e pude constatar um crescimento significativo no desempenho do time de Arsene Wenger. Mantido o sistema tático com o qual comanda a equipe há anos, o treinador do Arsenal recebeu do Departamento Médico reforços que podem revitalizar a equipe nas quartas-de-final da Liga dos Campeões da Europa.
O Villarreal, adversário do Arsenal na competição continental, não deve ter gostado nada desta notícia. Simultaneamente, retornaram à equipe inglesa o meia espanhol Fábregas, o meia ofensivo inglês Walcott, e o centroavante togolês Adebayor - autor dos dois gols da vitória de hoje.
É quase incalculável a diferença proporcionada pela presença deste trio, em comparação com a equipe que vinha jogando - clique aqui para ver como jogava o Arsenal "desfalcado". Se apenas a simples troca de Bendtner por Adebayor na frente já é algo significativo, as entradas de Walcott e Fábregas permitem à equipe maior controle da posse de bola, e principalmente, maior capacidade ofensiva.
Walcott substituiu o inoperante francês Nasri, entrando no lado direito da segunda linha de meio-campo. O russo Arshavin passou para a esquerda. E Fábregas entrou no lugar de Van Persie, alterando a característica da função. Se o holandês, um meia-atacante vertical, entra mais na área e se torna um segundo atacnte, Fábregas - ainda que centralizado, como o companheiro fazia - se destaca pela qualidade do passe, assumindo a organização da equipe, que estava órfã desta tática individual.
Mantido seu 4-5-1 (ou 4-2-3-1, como queiram), Wenger apresentou duas variações de jogadas: pela esquerda, Arshavin faz a diagonal para o meio e abre espaço para o apoio de Clichy; na direita, Sagna fica mais posicionado, porque é Walcott quem realiza as jogadas de linha de fundo. Adebayor se movimenta por todos os lados, fazendo o pivô ou entrando na área para concluir, enquanto Fábregas chega de trás, para a segunda bola, após articular o princípio de todas as jogadas.
O único problema que vejo é a dupla de volantes. Não pelo talento - Denilson e Song jogam muito bem com a bola no pé. Mas ambos estão saindo demais, e ao mesmo tempo, adiantando a marcação e participando da articulação. Com isso, eles deixam a defesa vulnerável. Hoje, o Arsenal permitiu ao City criar muitas oportunidades em espaços vazios herdados pelos avanços de Denilson e Song - algo que o Villarreal pode explorar nas partidas da Liga dos Campeões.
O City atuou no 4-1-4-1. Após duas alterações por lesão, ainda no 1º tempo, o time teve na linha defensiva Mica Richards na direita, Dunne e Onuoha de zagueiros, e Zabaleta pela esquerda; De Jong foi o volante centralizado; na linha de meio-campo, atuaram Wright-Philips pela direita, Robinho na esquerda, Elano e Gerson Fernandes centralizados (ambos entraram nos lugares de Kompany e Bridge, respectivamente); e Bellamy jogou no ataque. A movimentação ofensiva funcionou, com as oportunidades explorando as costas dos laterais e dos volantes. Faltou precisão nas conclusões.
Mesmo que Arshavin não possa defender o Arsenal na Liga, os retornos de Adebayor e Fábregas revigoram a equipe. Se a classificação contra a Roma foi sofrida sem eles, com esta dupla a equipe inglesa assume o favoritismo frente aos espanhóis.
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