Contra o Boyacá, Aurora jogou no 3-5-2, valorizando as jogadas pelos lados, principalmente na direita |
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Lembro que me assustei após assistir a todo o jogo Aurora 0 x 3 Boyacá, pela 1ª rodada da Libertadores. Fiz aqui no blog Preleção uma análise tática das duas equipes, apontando o 3-5-2 como esquema do time boliviano. E então encontrei outra análise, dizendo que o Aurora jogava no 4-4-2 com duas linhas de quatro. Pensei: será que estou maluco? Afinal, é impossível confundir 3-5-2 com 4-4-2, ainda mais em duas linhas - sistema que eu sou fã incondicional. Mas não.
Domingo, em entrevista coletiva, o técnico Celso Roth confirmou aquilo que o blog Preleção já sabia. Após o empate com a Ulbra, Roth analisou o Aurora, dizendo assim:
"Conhecemos eles sim. Contra o Boyacá eles jogaram no 3-5-2, e contra o Universidad, mudaram para o 3-6-1", comparou o técnico do Grêmio.
Portanto, a análise do Preleção é válida, e pode ser resgatada hoje. Não se sabe - pois obviamente não acompanho os treinos do time boliviano - se pode haver alguma terceira hipótese, ou mudança na escalação até pela necessidade de vitória do Aurora. Mas, em princípio, o Grêmio encontrará uma equipe no 3-5-2, com variação possível para 3-6-1.
Contra o Boyacá (não assisti ao jogo contra o Universidad) o Aurora jogou no 3-5-2, com três zagueiros (Edward Zenteno na sobra. Huayhuata pela direita e Leonforte pela esquerda); dois alas (Rodríguez na direita, Hurtado na esquerda); dois volantes (Edson Zenteno na primeira linha, fazendo as coberturas, e C.Fernandéz saindo pela esquerda); um meia (Cardozo, bem próximo dos atacantes) e dois atacantes de velocidade (Paredes e O.Fernández).
A principal estratégia do Aurora foi a jogada pelos lados, prioritariamente pela direita. Com a bola, o zagueiro Huayhuata avança, empurrando o ala Rodríguez para a linha de fundo. No mesmo setor joga o camisa 7 O.Fernández, referência da equipe. Os bolivianos apostam muito na velocidade deste jogador, e nas combinações dele com o zagueiro e o ala que apoiam em dupla pela direita. Por isso, acredito, Roth deve definir Fábio Santos, e não Jadílson, como titular - para permanecer mais posicionado, marcando o lado forte do Aurora.
Apesar da marcação adiantada, que pode assustar de início, o Aurora é um time previsível., sem criatividade. Os bolivianos não sabem o que fazer com a bola. Nenhum dos volantes, e muito menos o meia Cardozo, são articuladores. Com isso, o principal defeito do Aurora é recorrer à ligação direta. Muitas vezes a estratégia recai no balão em direção a O.Fernández, na tentativa de contar com suas arrancadas, ou de pegar a segunda bola. E o meio fica bastante despovoado em função da preferência pelos lados do campo.
Foi isso que eu vi contra o Boyacá. Celso Roth sabe muito melhor do que eu o que o Aurora tem de virtudes e defeitos. Ele deve estar preparando o contra-veneno às investidas sobre Fábio Santos, e à velocidade do atacante O.Fernández. E também, certamente, planejando alternativas com a posse de bola, para vencer o jogo - as diagonais de Ruy, em parceria com Souza e Alex Mineiro, podem trazer uma supremacia numérica do meio para a direita, por exemplo.
Esperemos o que vai acontecer no jogo...quem quiser contribuir com o debate, fique à vontade.
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