Fulham venceu o Manchester United bloqueando os avanços de Cristiano Ronaldo e Evra pela esquerda |
Hoje, dois alvinegros surpreenderam os favoritos do Campeonato Inglês, ambos jogando em suas casas, de calções pretos e camisas brancas. O Fulham venceu o Manchester United por 2 a 0, e o Tottenham fez 1 a 0 no Chelsea. Com os resultados, cresce na parada o Liverpool, que depende de uma vitória amanhã, em Anfield Road - contra o forte Aston Villa - para ficar a um ponto do líder Manchester, e três à frente do Chelsea.
Os dois grandes, sem demérito aos vitoriosos, contribuíram. Hoje, Sir Alex Ferguson repetiu uma estratégia já utilizada por ele em jogos fora de casa. O Manchester United atuou em uma espécie de 4-4-1-1, com Giggs fazendo a ligação entre a linha de meio-campo, e o solitário Berbatov. Eu sigo discordando desta escolha, afinal, se é para jogar com apenas um atacante, que seja escalado um jogador veloz - Rooney ou Tevez.
O Fulham, no tradicional 4-4-2 britânico, armou uma parede de contenção a Cristiano Ronaldo. O ganês Pantsil, excelente marcador, atuou como um lateral extremamente defensivo pela direita. À sua frente, o winger (ou meia-extremo, sem anglicanismos como pedem alguns) Davis também apoiou pouco, marcando Evra. Dessa forma, a equipe bloqueou a principal virtude do Manchester, na dobradinha Ronaldo-Evra.
Para piorar, Scholes foi expulso no início do primeiro tempo. Ferguson precisou recuar Giggs para a posição, jogando no 4-4-1, com Park e C.Ronaldo nas asas - com a bola, o português tentava vencer Pantsil na diagonal para se aproximar de Berbatov, sem sucesso. Nos contra-ataques, o Fulham procurava Zamora em lançamentos longos às costas da linha de defesa.
E o Chelsea também foi traído pelo contra-veneno do Tottenham à escalação de Guus Hiddink. Depois de fazer sucesso com o 4-3-3, o técnico holandês armou a equipe em um 4-4-2 capenga. Guus manteve o trio centralizado de meio-campo (Ballack, Essien e Lampard), todos extremamente próximos, dentro do círculo central. E completou o setor com Belletti totalmente aberto na direita. Anelka e Drogba também atuaram centralizados. Aí eu pergunto: e o lado esquerdo, Guus?
Jogando apenas com Ashley Cole solitário no setor, o Chelsea sofreu com a dobradinha Corluka-Lennon sobre ele. Na direita de ataque, o Tottenham adiantou seu lateral-base (Corluka) e posicionou o meia-extremo Lennon como um ponta, aberto e ultra-ofensivo, ambos em parceria sobre Ashley Cole.
Sem estar capenga, como o Chelsea, o Tottenham equilibrou as ações com o meia Modric pela esquerda de ataque, contando com a aproximação do pivô de Robbie Keane. Por ali nasceu o gol da vitória, de Modric. A exemplo do Fulham, o Tottenham jogou no 4-4-2 britânico, mas com uma estratégia diferente, saindo pelos lados, e não na ligação direta pelo meio.
Cabe ressaltar, porém, que Guus tentou corrigir o erro. Não só de posicionamento, mas também de escalação - Belletti não pode ser titular. Entraram Quaresma e Malouda, tentando equilibrar pelos dois lados. E a equipe pressionou em busca do empate. O Chelsea teve 61% de posse de bola, e criou 20 oportunidades - com 7 conclusões a gol (uma no travessão, com Alex, aos 47min do 2º tempo).
Agora, tudo está nas mãos de Rafa Benítez. Se o Liverpool vencer, chegando à vice-liderança, ficarei na expectativa para saber se os resultados na Premiere League podem influenciar nos desempenhos pela Liga dos Campeões (positivamente no Liverpool, e negativamente em Manchester United e Chelsea).
Dúvidas Frequentes | Fale conosco | Anuncie - © 2009 RBS Internet e Inovação - Todos os direitos reservados.