Adelaide jogou em uma espécie de 4-2-4, provavelmente motivado pela postura apenas defensiva, sem contra-ataques organizados, do Waitakere. O time neozelandês foi ortodoxo em um 4-4-2 britânico, com duas linhas de quatro |
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Dois rivais regionais da Oceania abriram hoje de manhã a disputa do Mundial de Clubes organizado pela Fifa, no Japão. Adelaide, da Austrália, e Waitakere, da Nova Zelândia, não fizeram um jogo muito empolgante. Como se esperava, a partida foi decidida nas jogadas de bola aérea - o Adelaide venceu por 2 a 1, e os três gols do confronto nasceram de cruzamentos em duas faltas laterais e um escanteio.
O Adelaide me surpreendeu pela postura tática bastante ofensiva. Frente a um adversário que preferiu apenas se defender, o time australiano jogou praticamente no 4-2-4. E os laterais apoiaram durante toda a partida, deixando na prática apenas os dois zagueiros e os dois volantes na marcação.
No meio-campo, não há articuladores. A saída de bola é capitaneada pela dupla de volantes, que distribui o jogo para os lados. Na direita e na esquerda o Adelaide se organiza ofensivamente formando parcerias entre o lateral e o meia-quase Winger do setor. No lado direito sobe o lateral Mullen em parceria com Dodd - ambos autores dos gols australianos.
O destaque do Adelaide está na esquerda. O lateral Jamieson é o melhor jogador da equipe, contando com uma parceria fraca de Spagnuolo (Alemão entrou e deu maior mobilidade ao setor, invertendo de lado com Dodd). Na área, dois centroavantes esperam o cruzamento.
O Waitakere se limitou a dificultar a vida do Adelaide. A equipe neozelandesa joga no 4-4-2 britânico, com duas linhas de quatro rigidamente sobrepostas à frente da própria área. Lá na frente, dois atacantes isolados. E como a distância entre os oito defensores e os dois atacantes é grande, a equipe conseguiu articular pouquíssimos contra-ataques. Com campo demais para correr, os neozelandeses eram facilmente contidos pelos rivais mesmo que pela frente tivessem apenas dois zagueiros e dois volantes.
O Adelaide insistiu pelos lados, pressionou e foi ousado na postura ofensiva de um 4-2-4 organizado. Mas a equipe australiana parou nas duas linhas de quatro do Waitakere. Sem jogadores criativos para quebrar o encaixe tático, o jogo se desqualificou. Faltou a jogada individual que compensa a força defensiva adversária. As melhores chances saíram de escanteios e faltas, principalmente em função das jogadas de linha de fundo do Adelaide.
Não foi um jogo emocionante, repito, mas sim interessante pela postura tática dos australianos, bastante incomum hoje, e provavelmente provocada pela estratégia defensiva e pela ausência de contra-ataques do Waitakere.
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