O Grêmio do 1º tempo teve a diagonal de Souza como principal virtude. No 2º tempo, foi a jogada de linha de fundo do Mattioni, com Souza e Tcheco na articulação. Deu certo. |
Nesta tarde de domingo, encerrando sua participação no Brasileirão, o Grêmio apresentou variações táticas interessantes na vitória sobre o Atlético-MG. As estratégias diferenciadas do 1º e do 2º tempos se amparam nas mudanças de estilo de jogo pelo lado direito. O Grêmio começou com Souza na ala, e o camisa 21 tricolor repetiu o que já havia feito contra o Palmeiras, fora de casa. Participou demais da partida infiltrando-se nas diagonais pelo meio, sendo um articulador ao lado de Tcheco, aumentando a presença no meio-campo gremista. E esse acréscimo numérico no meio-campo, com Souza, diminuiu a ligação direta e fez com que a equipe trabalhasse melhor a bola. Com Souza jogando no estilo Jorge Wagner, sendo um ala com característica de meia bastante ofensivo, criou-se um problema entretanto: o Atlético-MG passou todo esse período atacando às costas de Souza. Rafael Carioca não realizou a cobertura, e o zagueiro Léo precisou ir ao combate direto contra César Prates, Renan Oliveira e Castillo, tendo Jean na cobertura – e por ali o Galo quase marcou (fez dois, em impedimento, anulados pela arbitragem). Na segunda etapa, Celso Roth se mostrou atento à ineficiência de Rafael Carioca como primeiro volante, e também à vulnerabilidade de Souza para defender. O treinador do Grêmio acertadamente trocou Carioca por Felipe Mattioni – e o jogo ainda estava 0 a 0. No outro lado do campo, saiu Helder para a entrada do atacante André Luís. Willian Magrão se posicionou como primeiro volante, enquanto Tcheco e Souza formaram uma dupla de armadores jogando com proximidade. Deu certo. Mattioni passou a marcar melhor e também a oferecer uma jogada diferente de Souza: a linha de fundo. Souza, como meia, encontrou no próprio Mattioni um parceiro para as tabelas na direita. E Tcheco caiu pela esquerda, por onde André Luís repetiu o movimento de Souza no primeiro tempo – as diagonais para o meio. Foi em uma jogada de profundidade do Mattioni que saiu o pênalti convertido por Tcheco, e também neste setor surgiu a falta que provocou o segundo gol. Apesar de ter recorrido ao banco de reservas para variar taticamente, Celso Roth mexeu certo e mesmo sem abandonar o 3-5-2 fez com que o Grêmio alterasse a estratégia com uma variação tática muito interessante nas alas, e efetiva. O problema do Grêmio, novamente, foi a inoperância da dupla de ataque Marcel-Perea. Souza, Tcheco, e depois também Mattioni e André Luís levaram a bola ao ataque. Faltaram bons atacantes para concluir, e sem essa ferramenta, o Grêmio novamente dependeu da bola parada.
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