Roth sofre com a falta de poderio ofensivo do GrêmioFoto: Arivaldo Chaves |
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A queda de rendimento do Grêmio no segundo semestre evidencia um problema que não é novo, e se arrasta no clube desde 2001. A falta de atacantes confiáveis prejudicou o time na Libertadores de 2002, foi parcialmente resolvida com contratação de Christian em 2003, mas voltou a ser problema no ano do rebaixamento, na campanha da Série B em 2005, na Libertadores e no Brasileirão de 2007 e agora em 2008. Apenas em 2006 a combinação de Hugo e Rômulo, com Herrera na reserva e entrando eventualmente, deu ao time um poderio ofensivo respeitável.
O técnico Celso Roth utilizou várias duplas de ataque desde o começo do ano: Perea e Soares, Perea e Marcel, Soares e Marcel, Soares e Morales, Perea e Reinado, Reinaldo e Marcel, e por aí vai. Os meias Roger, Douglas Costa e Souza também foram testados na função, mas sem resultado. Isso demonstra o desespero do treinador. Por mais que se critique a disposição da equipe em campo e o esquema de jogo do time, seja 4-4-2 ou 3-5-3, fica difícil justificar qualquer coisa quando André Luis e Rafael Carioca perdem gols incríveis como no primeiro tempo da partida contra o Vitória.
O colega de blog Eduardo Cecconi já apontou que um dos sucessos do Inter na Sul-Americana foi o entrosamento e a movimentação do trio ofensivo D'Alessandro-Alex-Nilmar. Foram responsáveis direta ou indiretamente por boa parte dos gols do colorado na competição. A ausência de um definidor, seja ele centroavante de referência ou não, mina a campanha de qualquer equipe. E isso o Grêmio não tem desde a saída de Marcelinho Paraíba, há sete anos atrás. Carlos Eduardo e Anderson foram ótimos jogadores revelados nas categorias de base do clube, mas não eram goleadores.
Sem um artilheiro, a participação gremista na Libertadores (se ela for confirmada nas próximas duas rodadas) se encaminha para mais um insucesso. A base do time está formada, e alguns reforços (lateral-esquerdo, meia e ataque) tornariam o tricolor gaúcho um time bem competitivo. Mas para isso é preciso gastar dinheiro. O Inter, por exemplo, desde a Libertadores 2006 sentia falta de um articulador de qualidade. A direção tentou Pinga e Andrezinho, mas foi somente com a chegada do argentino D'Alessandro que o problema foi solucionado. Foi caro, mas está valendo a pena.
Sugestões de atacantes? Deixo para vocês fazerem isso nos comentários.
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