Edinho é o capitão do Inter de TiteFoto: Jefferson Botega |
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Embora não seja uma função tática, a escolha do capitão de uma equipe faz parte da estratégia do treinador. Estratégia que leva em consideração diversos fatores. Pelas escolhas dá até para se perceber critérios diferentes orientando as decisões de cada técnico.
Na campanha que leva o Inter à disputa do título da Copa Sul-Americana, Tite definiu Edinho como capitão colorado. O contestado volante substitui o trio de ferro do vestiário colorado, após as saídas de Iarley e Fernandão, e a reserva de Clemer. Será Edinho o jogador imortalizado nas imagens da conquista da competição erguendo o troféu no Estádio Beira-Rio, caso o Inter seja campeão.
Mas a braçadeira de capitão, além de sinalizar os critérios do treinador, também revela que o jogador escolhido é titular. Muito raramente se assiste a um técnico retirar sumariamente da equipe o capitão, a não ser durante jogos, em situações de exceção. Parte-se do princípio de que o capitão não sai do time.
No Inter, o dilema é muito mais das conversas de arquibancada do que da casamata. Depois de deixar Edinho na reserva contra o Grêmio, na própria Sul-Americana, Tite definiu o volante como um dos titulares irrevogáveis do colorado. Ele é o vértice centralizado de um trio de volantes, participando da cobertura em marcação tripla no entorno da área colorada. Mesmo que cronistas e torcedores apontem Sandro como herdeiro da posição em 2009 - e alguns solicitem sua entrada imediata na equipe, a braçadeira de Edinho é um forte indício de que a presença dele está garantida com Tite.
O mesmo vale na Seleção Brasileira. Agora que Anderson substituiu Josué com sucesso na vitória sobre Portugal, o volante Gilberto Silva passa a ser o nome mais contestado. E é no braço de Gilberto Silva que está a braçadeira de capitão do Brasil.
No Grêmio, Celso Roth variou. A braçadeira já passou por Léo, Réver, Victor e está com Tcheco. O treinador do Grêmio deu até um exemplo claro de como esta escolha faz parte da estratégia de um time. Conhecendo conflitos passados entre Tcheco e o árbitro Wágner Tardelli, Roth revogou temporariamente a função de Tcheco em um jogo do Grêmio comandado por Tardelli, para não expor o atleta a discussões com o juiz - postura às vezes exigida do capitão - o que poderia provocar sua expulsão. No jogo seguinte, porém, Tcheco recebeu de volta a braçadeira.
Inter e Grêmio disputam títulos neste final de ano. E os capitães que vão ilustrar os pôsteres venerados pelos torcedores serão Edinho e Tcheco, caso as conquistas fiquem com a dupla Gre-Nal.
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