O 4-4-2 invertido do Brasil: meias e volantes trocam o setor preferencial para fazer as diagonais, abrindo os lados para o apoio dos laterais. |
![]() |
Hoje tive a oportunidade de acompanhar pela primeira vez o Brasil de Pelotas sob comando do técnico Beto Almeida, um dos profissionais mais competentes do Interior Gaúcho. Pela Sportv, assisti ao empate em 1 a 1 do Xavante com o Guarani de Campinas. E vi no Brasil uma estratégia diferenciada dentro do sistema tático 4-4-2: a inversão.
Beto Almeida posicionou os jogadores de meio-campo nos lados inversos do normal. Pela direita, jogaram o volante Marcos Alexandre e o meia Vainer - ambos canhotos; e pela esquerda, atuaram o volante Cléber Gaúcho e o meia Júnior Paulista - dois destros. Na segunda linha, os articuladores chegaram a trocar de posição em algumas jogadas coordenadas, mas na origem o canhoto Vainer apoiou com o atacante Claudio Milar e o lateral Diego Bottin na direita, e o destro Júnior Paulista foi para o lado esquerdo com o lateral Gleidson.
Talvez Beto Almeida tenha posicionado os jogadores desta forma para abrir os lados, forçando os meias a infiltrar pelas diagonais centralizadas. Isso porque o forte do Brasil é o avanço dos laterais pelos lados. Mas o Xavante se ressentiu da ausência de Marcelo Moscatelli, um meia mais ofensivo, que poderia ter interpretado melhor o avanço do lado para a frente da área - movimentação que faltou a Júnior Paulista, um jogador mais cadenciador.
Foi uma estratégia interessante, ousada, mas que resultou em poucas chances de gol. Ainda assim, sempre é bom ver um time do Interior Gaúcho bem organizado taticamente, valorizando a posse de bola, com trocas de posição e passagens sincronizadas. Pena que o Guarani empatou em um lance fortuito.
Dúvidas Frequentes | Fale conosco | Anuncie - © 2009 RBS Internet e Inovação - Todos os direitos reservados.