Alex mais adiantado jogou na dupla de ataque com Nilmar, abrindo espaço para as investidas de Magrão |
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Contra o Boca Juniors, na Bombonera, Tite não cometeu um erro comum a técnicos brasileiros. O Inter não se acovardou no próprio campo. A prova disso é o posicionamento do camisa 10 Alex.
Ao contrário dos últimos jogos, quando Alex completava o setor de meio-campo em um 4-5-1, hoje Alex atuou como legítimo atacante. Ele e Nilmar prenderam os zagueiros do Boca, invertendo constantemente as funções. Nilmar jogou mais centralizado, e Alex perambulou pelos dois lados, mas o camisa 9 também saiu da área para abrir espaço e Alex se aproveitou com infiltrações - como no gol marcado por ele, o da vitória. D'Alessandro jogou centralizado, enquanto Guiñazu hoje se comportou mais defensivamente.
E esse posicionamento mais adiantado de Alex beneficiou Magrão. O volante que tinha sua movimentação limitada pela presença de Alex no meio-campo, encontrou uma longa diagonal para transitar. O primeiro gol e diversos lances de ataque do Inter surgiram das investidas de Magrão, que foi aquele volante combativo e ao mesmo tempo ousado que eu aprendi a admirar ainda no Palmeiras.
E se na frente a movimentação deu certo, Tite optou por um sistema de marcação tripla na defesa, também com sucesso. Com uma linha de quatro jogadores na área - dois zagueiros (Indio e Alvaro), um zagueiro que virou lateral (Marcão), e um lateral que foi zagueiro (Bolívar) - protegida pelo trio de volantes.
Dessa forma, pela direita marcavam Bolívar e Magrão, com Índio na sobra; na esquerda, Marcão e Guiñazu, com Alvaro na sobra. E pelo meio, Magrão e Guiñazu, com Edinho na sobra. Ou então Edinho e um zagueiro, com o outro zagueiro na sobra. O Inter agrupou estes sete jogadores cerrando a porta da área, impedindo as sempre perigosas tabelas argentinas do Boca.
O único problema foi a bola aérea. Alvaro permitiu que o Figueroa chegasse forte de cabeça por pelo menos quatro vezes. Mas o atacante argentino errou todas. As poucas que passaram, ficaram nas mãos do seguro goleiro Lauro.
Foi uma atuação competente, com boa marcação sem abdicar da articulação ofensiva. Vitória merecida do Inter.
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