Foto: Sergey Ponomarev, Ap |
![]() |
A nova crise existencial do atacante Adriano (foto) não chega a surpreender - elas são cada vez mais comuns na vida deste goleador nascido em uma das favelas do Rio e revelado pelas categorias de base do Flamengo.
A novidade é que ele surge em um momento em que parecia estar voltando ao bom futebol de antes, apoiado pelo técnico José Mourinho, valorizado pela Internazionale e mais uma vez convocado para a Seleção Brasileira.
No momento, ele está fechado em casa, no Rio, depois de voltar de Porto Alegre e passar três dias no Complexo do Alemão, em crise e deprimido. Depois de sair de lá, fechou-se em casa.
Ninguém dá informações sobre o que ele sente, a não ser pistas.
Na Itália, José Mourinho pediu que a torcida do clube tenha compreensão pelo "drama pessoal" do jogador, sem dar maiores detalhes.
Quem prestou atenção em alguns relatos dos repórteres logo após o jogo entre Brasil e Peru, no Beira-Rio, dia 1º, percebeu que havia alguma coisa errada com Adriano. Ele foi o primeiro a deixar o vestiário, passou pelo corredor da zona mista e não falou com ninguém.
Nos relatos, os repórteres informaram que ele saíra apressado porque tinha alguns problemas a resolver. Pegou um táxi e sumiu. Estava em Porto Alegre e não no Rio, então por que pegou um táxi? A Seleção tinha ônibus especial, janta marcada no hotel e avião próprio. Mesmo assim, Adriano não esperou. Foi embora.
Adriano deveria se apresentar à Internazionale no dia seguinte, mas foi para o Rio e se fechou. Primeiro, ao lado de amigos de infância na favela. Depois, em casa.
- Só quem sabe o que ele está passando somos nós da família - disse uma tia, por telefone, aos jornais cariocas.
- Eu não acho que os fãs devam ficar chateados. Eles devem é ficar preocupados - acrescentou Mourinho, técnico da Inter.
Segundo o jornal O Dia, a explicação está no fim do romance de Adriano com a bela Joana Machado, 28 anos, uma professora de educação física que chegou a tatuar o nome do jogador no corpo. Ela teria terminado com ele ao saber que Adriano participara de uma festinha de embalo, ao lado de outros jogadores. Adriano não teria se conformado.
A relação entre os dois, na verdade, nunca foi tranquila, apesar de ela ter vivido a seu lado durante algum tempo em Milão. Quando estava no São Paulo, Adriano chegava a enviar presentes caros e colocar dinheiro à disposição de Joana, mas ela nunca aceitou. Ignorava as ofertas porque tem desapego por coisas materiais, segundo seus amigos.
Frequentadora da Praia de Ipanema, Joana chegou a recusar nos últimos dias um convite para ir ao encontro do jogador na tentativa de acalmá-lo.
Jornalista desde abril de 1970, formado pela Ufrgs em 1971, catarinense de Criciúma, onde nasceu no distante 27 de setembro de 1948. No blog, como tem acontecido até agora, você não verá apenas futebol, mas um olhar também sobre os outros esportes, além de um bom espaço para debate.
Fale com o colunista:
mario.souza@zerohora.com.br
Dúvidas Frequentes | Fale conosco | Anuncie - © 2009 RBS Internet e Inovação - Todos os direitos reservados.