Foto: Petros Giannakouris, AP |
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A decisão da Associação do Futebol Argentino de confirmar Diego Maradona (foto) como técnico da seleção, na vaga de Alfio Basile, é uma jogada de alto risco. Pesou muito aí a importância do ex-jogador, a idolatria do público por ele e seu próprio desejo, nunca negado, de treinar a equipe. Mas é um risco.
Maradona não tem qualquer experiência e vai assumir a seleção em um momento de grande instabilidade nas Eliminatórias. Não tem nem um perfil semelhante ao de Dunga, escolhido por sua personalidade forte para dar uma virada no grupo. Não é o caso de Maradona, de vida pessoal cheia de fases irregulares.
Não só isso. Há poucas semanas, Maradona criticou duramente Lionel Messi, principal jogador da seleção, acusando-o de jogar apenas para ele. "É o Messi Futebol Clube", acusou, enquanto Messi mantinha silêncio. Pois bem, como será agora? Maradona vai tirar Messi do time titular?
Ele pode até surpreender, mas o mais provável é que não dê certo, assim como Pelé não poderia assumir a Seleção Brasileira. Seria um risco duplo: para a equipe e para sua própria imagem.
Jornalista desde abril de 1970, formado pela Ufrgs em 1971, catarinense de Criciúma, onde nasceu no distante 27 de setembro de 1948. No blog, como tem acontecido até agora, você não verá apenas futebol, mas um olhar também sobre os outros esportes, além de um bom espaço para debate.
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