Tcheco marcou o gol da importante vitória tricolorFoto: Miguel Schincariol/AE |
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Viu como dava, gremistas de pouca fé? Aconteceu no Palestra Itália exatamente o que previ para Grêmio x Palmeiras: um tricolor aguerrido, com forte poder de marcação, contra um adversário sem poder ofensivo.
A vitória de 1 x 0 foi justa sob todos os aspectos. O gol, por sinal, já deveria ter acontecido no primeiro tempo, quando Marcel perdeu uma chance imperdível. Sem contar os chutes perigosos de Souza e Reinaldo, defendidos a escanteio pelo goleiro Marcos.
Desde o começo, ficou evidente a solidez defensiva do Grêmio. O time se fechou muito bem no meio de campo e, assim, evitou a exposição direta da zaga reserva contra o ataque palmeirense. A maior prova disso é que as únicas chances de gol do Palmeiras ocorreram em impedimentos bem marcados pela arbitragem.
A volta de Rafael Carioca e Wiliian Magrão combinada com atuações firmes e eficientes de Souza e Tcheco levou o Grêmio a anular o pouco criativo meio de campo do Palmeiras, que sentiu bastante a ausência de Kléber e Diego Souza.
Denilson, escalado aberto para tentar abrir espaços na defesa do Grêmio, foi muito bem contido por Amaral. Do outro lado, Hélder se encarregou de conter Élder Granja. Como resultado, Alex Mineiro ficou isolado e foi presa fácil para os zagueiros do Grêmio.
O jogo começou muito truncado, com muitas faltas e chutões para as laterais. Depois dos 15, o Palmeiras cresceu territorialmente, mas sem levar maior perigo para Victor. Ao contrário, o Grêmio foi quem se aproveitou do contra-ataque para surpreender.
Na jogada mais clara de gol, Reinaldo deixou Marcel livre na frente de Marcos, mas o centroavante, ao tentar desviar do goleiro, chutou à esquerda, perdendo uma chance incrível. Depois, Souza fez jogada pela direita e, na entrada da área, chutou de canhota para Marcos defender a escanteio. A terceira boa oportunidade do Grêmio vei por Reinaldo, que chutou cruzado, pelo alto, obrigando o goleiro do Palmeiras a nova defesa a escanteio.
No segundo tempo, quando se imaginava uma pressão muito maior do Palmeiras, isso não aconteceu. O verdão teve mais posse de bola, mas jamais conseguiu passar da intermediária do Grêmio. A única oportunidade de gol veio nos descontos: um chute forte de Léo Lima que Victor rebatou, dando rebote para Preá chutar para fora.
Sempre jogando com muita tranqüilidade, o Grêmio tentava chegar no contra-ataque. Nem a lesão de Reinaldo, o responsável pelas principais escaramuças ofensivas, o Tricolor abdicou de atacar.
O gol da vitória veio aos 27 minutos, numa cobrança de falta de Tcheco. Na verdade, foi um cruzamento para a área que passou por zagueiros e atacantes, indo morrer no canto esquerdo sem tocar em ninguém.
Depois disso, como era de se prever, o Palmeiras foi para o abafa, mas a defesa gremista resistiu com firmeza e tranqüilidade. Desesperado, numa atitude inusitada para um goleiro, Marcos começou a subir em todas as faltas e escanteios, tendo fazer o que os avantes não conseguiam. Também fracassou.
Foi uma vitória justa e importante de um Grêmio aplicado e competitivo, que lembrou o time que chegou à liderança no primeiro turno. Se vai repetir nos próximos jogos, não sei. Mas não tenho dúvidas que a vitória foi reabilitadora e aconteceu no momento certo.
Mais do que nunca, o Tricolor está vivo, na briga pelo título.
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