O empate contra o Figueirense teve efeito arrasador sobre a torcida do Grêmio. A desilusão com o desempenho do time e a descrença numa reação pontuam três de cada quatro mensagens recebidas pela equipe de esportes da Rádio Gaúcha.
As maiores críticas recaem sobre o técnico Celso Roth, o que não me surpreende. Roth jamais conseguiu ser unanimidade entre os gremistas. Nem no auge da campanha , quando o time sobrava na liderança.
Naquele momento, céticos, muitos torcedores manifestavam preocupação com um traço marcante da carreira do treinador: a queda de rendimento de suas equipes na reta final das competições, o que acabou acontecendo também com o Grêmio.
Mas Celso não tem sido o único alvo das críticas. A direção também tem sido bastante contestada, em especial o presidente Paulo Odone. Os torcedores acham que o presidente perdeu a motivação e tem se mostrado muito conformista após a derrota eleitoral sofrida no mês passado. Não há elementos concretos que apontem para isso, mas esse é o sentimento presente em muitas das mensagens.
Por incrível que pareça, os menos cobrados são os jogadores. Poucos são os que reclamam diretamente do time. Existem queixas pontuais contra um ou outro atleta, mas nada que chame a atenção, como aconteceu após a derrota do Grenal, quando o clamor popular contra Marcel, Ângeson Pico e Paulo Sérgio levou Roth a retirá-los da equipe.
Pelo tom das mensagens e comentários, fica claro que o torcedor têm consciência de que a queda de produção do Grêmio foi coletiva. Mesmo porque, todas as alternativas existentes no Olímpico já foram testadas e não deram certo. Em alguns casos, com resultados frustrantes.
Nada ilustra melhor esse quadro do que a situação de Richard Morales e Orteman, cuja presença no time foi muito cobrada pela torcida. Os dois deram uma resposta tão fraca que quase ninguém mais fala neles no Olímpico.
Por tudo isso, já tem muito torcedor com medo até de perder a vaga na Libertadores da América. O temor não é absurdo. Em caso de derrota para o Palmeiras, existe a possibilidade de o Grêmio terminar a próxima rodada em quinto lugar.
No entanto, apesar de reconhecer que a situação ficou muito difícil, acho que ainda não dá para jogar a toalha. Se o Grêmio se superar domingo e conseguir um bom resultado contra o Palmeiras, vai recuperar a força e a confiança necessárias para continuar lutando pelo título. É difícil, mas não impossível.
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