Cruzeiro marcou gol relâmpago no MineirãoFoto: Lance/ZH |
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Deu tudo errado para o Grêmio. O tricolor levou 3 x 0 do Cruzeiro e permitiu que o São Paulo encostasse na liderança. Os dois têm o mesmo número de pontos. O Grêmio, porém, ainda é o líder pelo número de vitórias.
Claro que levar um gol antes de um minuto complica a vida de qualquer time. Mas seria simplismo explicar o fracasso tricolor apenas pelo fato do Cruzeiro ter anotado antes da primeira volta do cronômetro.
O Grêmio teve mais de 90 minutos para reagir e não conseguiu. Muito por culpa do técnico Celso Roth, que armou um Frankenstein tático para começar a partida. Tanto que gastou as duas primeiras modificações apenas para devolver o time ao formato básico, com dois atacantes e laterais de verdade.
Eu falei sobre isso aqui no blog. Demonstrei preocupação pelo fato de Celso Roth modificar o esquema justamente num jogo tão importante. Mas o técnico, dentro do propósito de colocar os melhores em campo, fez um arrnajo que não funcionou.
Além disso, mesmo que Adilson Batista tenha antecipado, Celso parece que não levou fé no anúncio de que o Cruzeiro daria preferência pelos lados do campo. Se levou a sério, não conseguiu desmontar a estratégia do adversário, que sempre usou as laterais para atacar e criar situações de perigo contra o gol de Victor.
O gol relâmpago não dá para afirmar que ocorreu numa jogada lateral. O surpreendente lance foi pela meia esquerda de ataque do Cruzeiro. Mas o segundo e o terceiro nasceram de lances pelo lado esquerdo defensivo do Grêmio, já com Paulo Sérgio em campo, o que ressalta a dificuldade encontrada para matar esse tipo de jogada. Celso usou dois laterais - Souza e Paulo Sérgio -, mas nenhum deles foi eficiente para neutralizar a principal alternativa de ataque do Cruzeiro.
Outro erro cometido por Celso Roth foi começar o jogo com apenas um atacante. Esse formato já havia fracassado em outros jogos, como no empate contra o Fluminense, mas o treinador insistiu nele, sob pretexto de aproveitar Douglas Costa em jogadas mais agudas. Mas o garoto teve uma atuação sem brilho e foi substituído no intervalo.
Apesar de tudo, pela gordura acumulada nas vitórias obtidas no Olímpico, o Grêmio ainda mantém a liderança, agora pelo critério do maior número de vitórias. Domingo, contra o Figueirense, voltará a jogar em casa, o que dá quase a certeza de três pontos.
O problema é que já ficou evidente que não dá para depender só dos resultados do Olímpico. Quando escrevi neste espaço, após a vitória contra o Sport, que o Grêmio precisava melhorar a qualidade do futebol, muitos gremistas pragmáticos não gostaram. Alegaram que, jogando mal ou bem, o importante era ganhar.
Não é bem assim. Em casa, dá para compensar falta de qualidade com motivação. Fora é preciso jogar mais, coisa que o Grêmio não vem conseguindo fazer no segundo turno.
Dessa forma, vai ser difícil meter a mão na taça.
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