Bolivar foi o mais realista dos jogadores colorados após o empate contra o Goiás, que deixou o Internacional a nove pontos do G4. Enquanto alguns companheiros ainda falavam em lutar pela vaga na Libertadores, o zagueiro deu ênfase à importância de ganhar a Copa Sul-Americana:
- É uma competição importante que nenhum clube brasileiro ganhou ainda. Almejamos esse título porque vai ser importante para o clube e jogadores.
Bolivar está certo. A partir de agora, a Sul-Americana é o que está mais perto do Beira-Rio. A começar pelo fato de que vencê-la só depende do próprio Inter, ao passo que a vaga na Libertadores exige combinação de vitórias coloradas com tropeços de São Paulo, Cruzeiro, Flamengo e demais times que estão melhor classificados que o Colorado.
Do ponto de vista estritamente matemático, o Internacional ainda tem chances. Mas é como se um campeonato de apenas nove partidas começasse agora e o time largasse com nove pontos de desvantagem. O número de jogos é muito pequeno para recuperar uma diferença tão grande.
Para chegar junto com São Paulo ou Cruzeiro, que dividem a quarta posição com 52 pontos ganhos, o Inter precisa ganhar três jogos a mais do que um deles. Se vencer sete, por exemplo, São Paulo ou Cruzeiro não pode vencer mais do que quatro dos nove jogos que vai disputar. Sem contar que, para brigar diretamente com um dos dois, o Inter terá que ultrapassar mais cinco times que também estão na sua frente.
Resumo da lambança: só a matemática mantém o Inter vivo. Pela lógica do futebol, é um paciente desenganado na dependência de um milagre. Quem acredita em ajuda Divina no futebol, pode começar a rezar.
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