Atualização: Obrigado aos internautas que me alertaram para um erro na postagem original. O Fluminense não jogou na Bombonera, que estava interditada. Foi desatenção de minha parte. De qualquer modo, a necessária correção não altera o sentido do comentário. Mesmo fora de sua casa, o Boca encheu o estádio para a partida contra o Fluminense. E o time carioca soube superar a pressão, saindo de Buenos Aires sem ser derrotado.
Que o Boca Júniors é um time copeiro, não se discute. Basta olhar seu retrospecto na Libertadores da América, competição que venceu seis vezes. No entanto, acho que nós, gaúchos, temos medo demais da equipe argentina. O Boca é bom time, tem tradição, mas não é imbatível.
Foi o que provou o Fluminense na última edição da Libertadores. A equipe carioca passou invicta por Buenos Aires, onde empatou em 2 x 2, e eliminou os argentinos no Maracanã, com vitória de 3 x 1.
No caso do futebol gaúcho, sei muito bem que o retrospecto recente contra a esquadra argentina é péssimo. O Internacional foi eliminado da Copa Sul-Americana em duas ocasiões. O Grêmio perdeu a final da Libertadores em 2007.
Mas estatística não ganha jogo. No caso de equipes da mesma grandeza, número anterior só tem relevância se um dos times ficar assustado com ele. Caso contrário é briga de cachorro grande, em que a vitória está ao alcance dos dois.
No momento, também não dá para desconhecer que o rival argentino não vive um bom momento. Apesar de contar ainda com Riquelme, um dos mais talentosos jogadores do futebol mundial, o time faz campanha irregular no campeonato argentino (Torneio Apertura).
Em nove partidas, ganhou quatro, empatou duas e perdeu três, a última delas domingo, na Bombonera, frente ao Estudiantes, por 2 x 1. Tem 14 pontos ganhos em 27 disputados. Está em sexto lugar, a oito pontos do líder San Lorenzo. Além disso, para enfrentar o Internacional, sequer inscreveu dois titulares importantes: a dupla de atacantes Palermo e Palácios. Os dois estão lesionados.
Obviamente, não estou afirmando que, desta vez, as coisas serão mais fáceis para o futebol gaúcho nesse novo cruzamento. Só um doido poderia dizer uma coisa dessas. Mas também não tenho dúvidas de que coitadismo e sentimento de inferioridade contra os argentinos não ajuda em nada. Ao contrário, só piora as coisas.
Confira os inscritos do Boca na Sul-Americana:
1 Caranta (G)
2 Muñoz (Z)
3 Morel (Z)
4 Barroso (Z)
5 Battaglia (V)
6 Paletta (Z)
7 Mouche (A)
8 Díaz (Z)
9 Viatri (A)
10 Riquelme (M)
11 Gracián (M)
12 García (G)
13 Roncaglia (Z)
14 Fondacaro (Z)
15 González (Z)
16 Calvo (Z)
17 Noir (A)
18 Gaitán (M)
19 Cardozo (V)
20 Forlín (Z)
21 Chávez (V)
22 Vargas (V)
23 Datolo (M)
24 Philippe (A)
25 Ayala (G)
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