Publicado originalmente em 06 de outubro, após Grêmio 2 x 1 Botafogo, jogo que marcou a estréia de Douglas Costa:
Sem sombra de dúvidas, Douglas Costa fez uma estréia muito boa no time principal do Grêmio. Foi destemido, deu bons passes, fez uma grande jogada individual no primeiro tempo e marcou um gol. Mas comete um exagero prejudicial para o próprio garoto quem afirma que ele foi brilhante na estréia contra o Botafogo.
Não, senhores. Brilhante é o jogador que atua tão bem que, sozinho, desequilibra o jogo em favor do seu time. Coisa que o Ronaldinho, por exemplo, fez na final do Gauchão de 1999, quando marcou o gol do título e deu um banho de bola, com direito a chapéu em Dunga.
A participação de Douglas Costa na vitória contra o Botafogo foi inegável, inclusive com participação no placar. Mas a principal determinada da vitória tricolor foi o empenho coletivo, a força e a vontade demonstradas por todos os jogadores.
Por favor, gremistas mais radicais, não entendam a observação como desdém em relação ao futebol reluzente do novato. Só estou alertando para um fato comum no futebol gaúcho: os elogios iniciais exagerados, que superestimam a capacidade dos guris e criam em torno deles uma expectativa superior ao que podem oferecer a curto prazo.
Exagero? Não. A história dá razão aos meus argumentos: raros são os casos de grandes promessas que entram e se firmam imediatamente como titulares indiscutíveis. Em começo de carreira, os altos e baixos são comuns e compreensíveis.
No caso do Grêmio, só para ficar no exemplo tricolor, o fenômeno envolveu os maiores talentos surgidos no Olímpico nas últimas décadas. Renato Portalupi, Valdo, Ronaldinho Gaúcho, Tinga e Ânderson, entre outros, não viraram afirmações do dia para noite. Precisaram de tempo para confirmar no time principal o futebol diferenciado mostrado nas categorias de base.
Douglas Costa será uma grande exceção se tiver trajetória diferente.
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