Douglas foi destaque na vitória contra o FogãoFoto: André Feltes |
A mobilização do Grêmio para a partida contra o Botafogo deu resultado. Com uma atuação de muita determinação, o time venceu de virada por 2 x 1, espantou a crise e se manteve na briga pelo título com o Palmeiras.
Do ponto de vista técnico, não foi uma boa apresentação. Mas o time teve a força que faltou em outros jogos. Teve também tranqüilidade e um pouco de sorte para superar o gol de abertura, marcado pelo Botafogo: no gol de empate, obtido em seguida, a bola chutada por Douglas Costa não foi forte e ia nas mãos do goleiro. Mas desviou num zagueiro e acabou no fundo da rede.
Dos jogadores que entraram, a maior contribuição, sem dúvida, veio do zagueiro Réver. Firme atrás, teve também imposição ofensiva, ao marcar o gol da vitória, aparando de cabeça um escanteio cobrado por Hélder.
Praticamente no mesmo nível dele, o garoto Douglas Costa, que jogou sem qualquer inibição, como se fosse um antigo titular do Grêmio. Fez boas jogadas individuais, deixou Felipe Mationa na cara do goleiro no segundo tempo e, de quebra, teve atitude e estrela no gol de empate. Atitude ao assumir o risco do chute de fora da área. E estrela ao contar com o desvio do zagueiro para que a bola sem força vencesse o goleiro Castilho. Provou que já é bem mais que mera promessa. Saiu no segundo tempo sob merecidos aplausos da torcida.
Outro que confirmou a expectativa foi Felipe Matione, que se apresentou para o jogo desde o começo e garantiu o retorno de uma jogada forte de ataque pelo lado direito. Contra Felipe, dois gols perdidos. Mas, mesmo nessas ocasiões, o mérito de aparecer na hora e lugar certos. No final do jogo, foi empurrado na área, num lance em que o Grêmio - com razão - reclamou de pênalti.
Richard Morales não conseguiu acabar com o jejum de gols do ataque, mas foi participativo e deu muito trabalho aos zagueiros do Botafogo em todos os lances. No gol de empate, a bola foi parar nos pés de Douglas Costa após o uruguaio trombar com a defesa do Botafogo na disputa de uma bola pelo alto. No segundo tempo, antes de sair cansado, teve uma boa chance pela esquerda, mas pegou mal na bola e chutou muito alto.
Pelo lado esquerdo, mesmo longe de ser brilhante, Hélder foi mais seguro e efetivo que Ânderson Pico. Além disso, cobrou com perfeição o escanteio que resultou no gol da vitória. Celso Roth vai poder votar tranqüilo.
De negativo, a atitude irresponsável de Léo, que foi expulso após deixar o braço propositalmente para trás para atingir o atacante Jorge Henrique no rosto. Como os dois jogadores se embolaram após a queda, o árbitro Héber Roberto Lopes mandou os dois para rua. Mas não haveria exagero algum se o cartão vermelho fosse apresentado só para o capitão gremista, deixando o time em desvantagem numérica para o restante da partida.
Se o importante hoje era ganhar, o Grêmio passou bem pelo teste, pois foi melhor que o Botafogo e, pelas chances perdidas no segundo tempo, poderia ter vencido até por escore maior.
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