Apesar da vitória contra o Botafogo, o esquema do Internacional está em discussão. O sistema com três volantes, que antes do jogo era tido como suicida por muitos analistas, agora serve, mas só fora de casa. No Beira-Rio, onde precisa atacar, não daria resultado.
Discordo. Pra começo de conversa, mesmo que possa ser visto como conservador, o sistema usado contra o Botafogo é bem menos defensivo do que o 3-5-2 que o time vinha utilizando. Nesse particular, para quem ainda não notou, lembro que Tite retirou um zagueiro que ficava atrás, na sobra, para povoar o meio de campo com mais um jogador.
Além disso, um sistema com três volantes só será defensivo se o técnico segurá-los atrás ou, principalmente, se os jogadores forem “quebradores” de bola. Não é o caso do Inter. Edinho, é bem verdade, apanha da guria, mas Magrão e Guiñazu sabem chegar mais à frente. Basta ver o segundo gol colorado contra o Botafogo: o passe perfeito para D’Alessandro partiu dos pés do compatriota argentino, que estava avançado, quase na ponta esquerda do Inter.
Para jogar no Beira-Rio, também serve. Basta adiantar a marcação e neutralizar na frente a saída ofensiva do adversário. Desse modo, o esquema pode virar um 4-3-3, em que os volantes fazem o trabalho pesado, liberando D’Alessandro, Alex e Nilmar para as jogadas de criação e ataque.
O sucesso de um esquema depende muito da atitude do time dentro de campo. Contra a Portuguesa, a apatia do time derrubou o 4-4-2 clássico, com dois meias, defendido como ideal por muitos.
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