Compreendo a angústia da torcida do Grêmio: é difícil aceitar que o time, do nada, tenha uma queda de produção tão grande. Mas sejamos realistas: a campanha anterior, com média de 70% de aproveitamento, era demasiada para um time que, todos sabemos, não está tão acima da maioria dos participantes do brasileirão. O Grêmio vinha ganhando a maioria dos jogos, inclusive os disputados fora do Olímpico, devido a um momento em que tudo estava dando certo.
No primeiro turno, todas as coisas aconteceram no momento necessário. De gols “achados”, como o marcado no Grenal, na falha de Renan, a defesas impossíveis do goleiro Vitor. Claro que o time vinha apresentando bom futebol. Compacto, entrosado, firme na marcação e com boas alternativas ofensivas, o Grêmio fazia um campeonato irrepreensível. Mas a sorte vinha ajudando também.
Nesse contexto, a queda de produção no segundo turno é natural. Time algum consegue jogar tanto tempo com a “corda esticada”, no limite. Desfalques, imprevistos(como o mal estar de Tcheco), lances inesperados(como o gol olímpico do Goiás) e maior atenção dos adversários passaram a conspirar contra o Grêmio nos últimos jogos. Por isso, não dá para entrar em desespero e decretar terra arrasada, como alguns precipitados estão fazendo.
O momento requer calma. Principalmente dos jogadores e do técnico Celso Roth. É hora de respirar fundo, refletir sobre os erros e tratar de corrigi-los. O grupo precisa ser o primeiro a acreditar que a liderança, sustentada há várias rodadas, não chegou por acaso. Se o Grêmio não se afobar, tem todas as condições de superar o mau momento e retomar o caminho das vitórias.
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