Celso Roth está diante de um desafioFoto: Arquivo ZH |
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Provocativo, o internauta Laert leu os cálculos que fiz sobre as chances de o Grêmio chegar ao título, elogiou a projeção, mas mandou ver o seguinte alerta aos gremistas: “(...) você esqueceu do elemento mais fundamental da análise: a Síndrome Roth, uma doença que atinge o treinador, exatamente nos momentos ou partidas decisivas. Assim foi no Gauchao,Copa do Brasil e Sul-americana.Ele sempre chega pertinho da praia, até avista as barraquinhas do chopp, mas na hora H, acaba morrendo na praia. Será que desta vez ele conseguirá um antídoto para esse mal? Quem viver...verá!” Laert não disse se é gremista e colorado. Pelo texto, a segunda hipótese parece mais lógica. Mas independente da cor clubística, ele toca num assunto que é pedra no sapato de Celso Roth: o técnico realmente é conhecido por se atrapalhar nos momentos decisivos. Não apenas no Grêmio, mas em outros clubes também. No ano passado, por exemplo, chegou a colocar o Vasco da Gama entre os primeiros do Brasileirão. No entanto, o time caiu a tal ponto na parte final da competição que não apenas Roth foi demitido como o Vasco se aproximou perigosamente das últimas posições. Outro caso ocorreu em 1997, no Internacional. Após realizar a segunda melhor campanha da primeira fase, com um histórico 5 x 2 no Grenal, Roth viu o time fracassar no quadrangular classificatório à fase final, onde sofreu quatro derrotas e obteve apenas duas vitórias. Ficou atrás até do Juventude, que só havia se classificado às semifinais na última rodada. NOSSO BLOG NÃO TIRA FOLGA NO FINAL DE SEMANA. CONFIRA AQUI TODOS OS RESULTADOS E ANÁLISES DAS PARTIDAS DE SÁBADO E DOMINGO Roth, porém, está longe de ser o único. Esse tipo de coisa já ocorreu com outros treinadores. Acusados de vacilar na hora decisiva, eles calaram a boca dos críticos da única maneira possível de silenciá-los: através da conquista de títulos importantes. Mestre Telê Santana, já falecido, está entre eles. Hoje unanimidade, apontado por muitos como o maior treinador da história do futebol brasileiro, Telê cultivou a fama de pé frio durante muitos anos. Seu currículo de derrotas incluiu duas Copas do Mundo. Mas virou multicampeão com o São Paulo nos anos 90 e ninguém mais falou no assunto. Sem alcançar a mesma unanimidade, sucedeu o mesmo com Abel Braga. Depois de “morrer na praia” incontáveis vezes, Abelão levou o Internacional aos dois maiores títulos da sua história. Goste ou não da provocação, Celso Roth está diante do mesmo desafio. Como profissional, é visível a sua evolução, condição básica para a correção de antigos erros. Basta manter o rumo e levar o Grêmio ao Tri que ninguém mais o aborrecerá com o assunto. É o que espera a imensa Nação Tricolor.
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