Foto: Hermínio Nunes |
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Uma placa em homenagem a Catatau será inaugurada nesta quarta-feira, às 12h30min, no Projeto 12:30, da UFSC. Ela é o resultado do esforço conjunto de alunos, técnico-administrativos e professores da universidade e de simpáticos à causa dos animais, por meio da arrecadação com as vendas do material do Catatau (bótons e adesivos).
Todos que foram amigos de Catatau estão convidados para o evento. Com esta homenagem, a campanha contra o abandono de animais no campus da UFSC, controle populacional e preservação do bem-estar dos que moram no local fica mais forte.
Para quem não lembra, Catatau morava na UFSC e foi enterrado na Pira da Resistência, em frente à reitoria da instituição. Ele foi encontrado morto em julho, próximo a uma vala.
Confira outros posts sobre a morte e homenagens de Catatau no blog Mascotes.
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A leitora Cláudia Corbal, de Florianópolis, enviou este relato:
Fiquei muito triste quando soube da morte de Catatau (conhecido como UFSCão, o cachorro foi encontrado morto no campus da UFSC, em Florianópolis). Ele, como muitos outros mascotes recebem carinho, atenção, alimentação e muitos até cuidados veterinários pessoas que vivem na localidade ou próximas.
O grande problema é que, por mais que façam, eles na rua, podem ser cuidados, mas não é possível protegê-los. Podemos confirmar através dos casos de crueldades com animais de rua.
Perdi meu beagle há 8 meses, por ter sofrido muito com a ausência dele não queria mais nenhum animal dentro de casa. Sempre me preocupei com eles, porém, But (meu beagle) precisava do meu tempo, além da idade avançada,necessitava de cuidados redobrados por causa de sua saúde precária.
Comecei a direcionar minhas atenções para os animais de rua. Praticava esportes todos os dias, e onde estacionava o carro sempre tinha um cãozinho dormindo. Comecei a trazer comida para ele. Esse cão também dormia com frequência em um posto de gasolina próximo de onde eu estacionava o carro.
Acabei conhecendo os funcionários do posto por causa desse cãozinho. Eles me disseram que ele rondava por ali há 6 meses e que provavelmente o abandonaram ou o dono faleceu e ninguém ficou com ele,e se tinha dono, esse não ligava pra ele nem tratava, mas os funcionários tratavam bem, davam comida, água, carinho...
Porém, os funcionários do posto estavam preocupados porque Ronda saia e voltava às vezes três dias depois, às vezes bem magro e cansado.
Ronda sempre foi um cachorro dócil, calmo. Assim como todos, me apaixonei por ele e me empenhei, a ajudar nas despesas e arrumar um dono para ele. Juro que fiz de tudo, anunciei, distribuí panfletos, mas Ronda não era um cão novo, é difícil alguém ficar, a maioria prefere filhotes ou se for um cão com mais idade só aceitam se for de raça.
Um belo dia recebi a notícia que Ronda havia sumido... Um, dois, três, quatro dias, uma semana e nada...entrei em desespero. Sempre aparecia no posto para saber dele, até que tive a notícia Ronda apareceu....os funcionários me disseram que ele estava magro, com aparência de doente, e com um ferimento bem feio nas costas. Quando fui pegá-lo para tratar na clínica, ele tinha desaparecido outra vez. Comprei uma guia, deixei meu tel. com o pessoal e pedi para quando Ronda aparece-se me chamassem a hora que fosse.
Três dias depois, me ligaram informando que Ronda estava lá e tinha amarrado ele. Era um sábado chuvoso, meu filho estava com febre, pedi ao meu marido que segurasse as pontas para mim, fui até ao posto, coloquei Ronda dentro do carro e corri para uma clínica veterinária (por sinal os profissionais de lá são maravilhosos).
Ronda estava ceio de carrapatos, com um ferimento infeccionado e bem fraco. Precisou ficar um dia internado. Minha intenção era devolver ele para o posto após a alta, mas por indicação do veterinário, fiquei com ele durante uma semana em casa, pois, o tratamento com antibiótico duraria sete dias e apesar de Ronda estar medicado ainda precisava de cuidados.
Levei-o para minha casa e continuei o tratamento. Meu marido, apesar de estar irreversível quanto a possibilidade de criar outro cão. Mas Ronda é um cão maravilhoso, educado, limpo, quase não late, parece que foi ensinado, todos se apaixonaram por ele em casa, inclusive meu marido. Quando faltava apenas um dia para acabar o tratamento, resolvemos ficar com ele.
Ronda tinha de 5 a 6 anos de idade, cardíaco,sem raça definida, quem o adotaria?A notícia do cão Sorriso, morto a pauladas, ainda foi mais difícil deixar Ronda no lugar de origem. Agora Ronda está bem e seguro, estou tratando dele com as veterinárias do meu antigo cão, elas só confirmaram o que eu tinha sentido desde o primeiro dia que o vi. Ronda tem uma índole boa, pacífica, é educado e limpo por que é de sua natureza.
FAÇO UM APELO AQUI: - SE VOCÊS CONHECEM UM MASCOTE, TRATAM DELE, MAS ELE AINDA CONTINUA NAS RUAS EXPOSTO À CRUELDADE E AOS PERIGOS QUE ELA OFERECE;NÃO ESPEREM!AJAM! TIREM ELES DESSA SITUAÇÃO E OS COLOQUEM EM LUGARES SEGUROS. EVITEM QUE SEUS FINAIS SEJAM COMO O DE : CATATAU(possivelmente envenenado); SORRISO(morto a pauladas por jovens); PRETA(amarrada e arrastada em um carro por quilômetros, estava prenha).
NÃO DEIXEM PARA AMANHÃ... POR QUE O AMANHÃ PODE SER TARDE DE MAIS E AS ÚNICA LEMBRANÇAS QUE PODERÃO SOBRAR DESSES MASCOTES SERÃO FOTOS E TEXTOS PUBLICADOS NOS JORNAIS COM A DESCRIÇÃO "IN MEMÓRIAM" COMO TÍTULO.
Estudantes acompanham show da Damadera, que tocou na abertura da temporada 2009/2 do Projeto 12:30 e homenageou o CatatauFoto: Susi Padilha |
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Hoje foi dia de homenagem ao UFSCão Catatau, muso e mascote de toda uma geração que frequenta o campus da Universidade Federal em Florianópolis e que morreu em circunstâncias ainda desconhecidas. A estudante Daniela Fany Hess nos enviou um texto sobre esse peculiar cachorro, definitivamente um ser político. Boa leitura!
Um exemplo a seguir
O que dizer de um cão como Catatau? Um cão único em todo o planeta capaz de mudar ideias, capaz de fazer valer os direitos de homens e animais, capaz de lutar (mais que muitos de nós) por um mundo melhor.
Catatau deixa o exemplo de luta justa e honesta que deve ser seguida por todos. O animal escolheu o campus universitário UFSC como moradia e procurava zelar por seu lar em todos os sentidos, tanto em suas “funções caninas” de proteger o campus de pessoas estranhas ou mal intencionadas, como defendia a bandeira da democracia abraçando causas em favor dos servidores públicos na luta por seus direitos como também atuando fervorosamente na luta estudantil por uma educação mais Justa e democrática.
Em um país como o nosso tão carente de líderes realmente interessados na educação do povo, Catatau mostrou ser leal aos seus propósitos e logo cativou a simpatia de todos em comícios onde seguia bem à frente liderando os alunos com suas faixas para rua e indicando o lugar por onde deveriam seguir. Catatau logo se tornou um símbolo para toda a “moçada”.
É importante destacar que o cãozinho Catatau é único na história e ele nos deu a honra de habitar entre nós da Universidade Federal de Santa Catarina — UFSC. Que nunca houve uma história como essa em nenhuma outra Universidade Federal no Brasil, possivelmente em toda a América Latina, eu ainda arriscaria dizer que em todo o mundo nunca se soube de um cão com tanta nobreza como este, que lutou por melhorias para os seres humanos.
Infelizmente Catatau foi assassinado dentro do campus universitário, provavelmente por espancamento, e depois atirado em um valão. Não sabemos quem foi. Mas estas pessoas sabem que fizeram!!! Só não sabem por quê??? Fica aqui meu alerta: o ser humano está doente, vivemos em uma sociedade doente capaz de barbáries horríveis por motivo fútil. Precisamos urgentemente seguir o exemplo nobre de Catatau e lutar por um mundo melhor para homens e animais.
Daniela Fany Hess, homenagem a Catatau (05/08/2009)
Assista abaixo a um pequeno vídeo gravado hoje na UFSC:
Catatau onde mais gostava de ficar: entre os estudantes da FederalFoto: Divulgação |
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A UFSC vai prestar uma homenagem ao mascote Catatau nesta quarta-feira, na primeira edição do Projeto 12:30 do semestre. Na Concha Acústica do campus da Trindade, em Floripa, a banda Damadera sobe ao palco para dar as boas-vindas à calourada e vai aproveitar para lembrar a morte do cachorro Catatau, o UFSCão, uma verdadeira instituição dos estudantes, funcionários e professores da Federal — e além de assíduo frequentador dos shows da Concha Acústica. O Projeto 12:30 começa ao meio-dia e meia (daí o nome do evento), é gratuito e aberto à comunidade.
UFSCão? Catatau? Homenagem a mascote da Federal? Para quem não visita o blog com frequência, a rápida explicação: UFScães é um nome genérico para os cachorros que circulam pela UFSC. Um deles, o Catatau, era o mais simpático e querido pelos universitários. Sua morte, ainda inexplicada, foi uma baque para todos os que o conheceram.
>>> MySpace da banda Damadera
>>> hagah: onde fica a Concha Acústica
Foto: Arquivo Pessol/Leo Nogueira/www.flickr.com |
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O jornal Diário Catarinense desta quinta-feira, em reportagem de Ângela Bastos, publica mais informações sobre o triste fim de Catatau. E aqui no blog Mascotes, com a gentil permissão de Leo Nogueira, mais uma homenagem ao eterno UFSCão. Uma galeria de fotos que demonstra a presença do muso no cotidiano da universidade.
>>>> Para ver fotos de outros UFSCães, acesse o Flickr de Leo Nogueira
Foto: www.flickr.com/rafaelvilela |
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A morte do UFSCão Catatau ultrapassou as fronteiras de Santa Catarina e alcançou repercussão nacional. O site de notícias G1 também informou que o mascote universitário foi encontrado morto em um dos córregos do campus no último dia 24. A suspeita é de envenenamento. Segundo a reportagem de Luciana Rossetto, a morte de Catatau não poderá ser investigada, já que não existem câmeras no local. O UFSCão que era famoso por acompanhar os estudantes em eventos acadêmicos, foi enterrado ainda na sexta-feira perto do monumento Pira da Resistência.
>>> Para ler a matéria completa do G1, clique aqui
>>> Outros posts sobre o Catatau
O macho alfa liderando mais um movimentoFoto: Divulgação |
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Eu recebi essa foto hoje, no início da tarde, junto com o triste comunicado de que o Catatau, mascote dos alunos da UFSC, fora encontrado morto próximo ao jardim do CDS.
Imediatamente pensei em fazer a homenagem, mas o Catatau era cheio de admiradores e já estava aqui, no Mascotes, antes mesmo de eu saber que ele havia morrido.
De qualquer forma, fica mais um registro do quanto esse cãozinho era especial.
As diversas faces de CatatauFoto: Arquivo pessoal |
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Personagem de desenho animado da Hanna-Barbera, Zé Colméia tem como seu melhor amigo e parceiro o Catatau. Um companheiro para todas as horas e que está sempre disposto para as maiores confusões. A dupla ainda diverte gerações na televisão.
Os alunos da UFSC deram adeus ao seu Catatau na sexta-feira. O principal mascote, que sempre esteve ao lado dos acadêmicos em grandes momentos da universidade, se despediu.
Era conhecido por dar broncas nos estudantes que faltavam aula. No Restaurante Universitário, o almoço era garantido. Ficava na fila com o seu olhar amigável e logo convencia os estudantes a lhe entregar as sobras. Satisfeito, descansava no Centro de Filosofia e Ciências Humanas, rolando pelos bosques e morros.
À noite, Catatau, o galanteador, acompanhava as estudantes solitárias até em casa. Gostava de assistir às aulas de teoria política do Centro de Comunicação e Expressão e auxiliar os novos alunos nas filas de matrícula.
Catatau foi encontrado morto pelos funcionários da UFSC, sem sinais de violência. A suspeita é de envenenamento.
Os alunos estão de luto.
Informações enviadas por Cleyton Amaral.
Foto: Hermínio Nunes |
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Ele é o companheiro de todas as horas, sempre recebe os amigos (mais chegados) com um sorriso singular. Para aqueles que não conhece e que não gosta, às vezes, chega a morder. Vive perambulando Centro de Comunicação e Expressão da UFSC, em Florianópolis, ninguém sabe ao certo sua idade, mas nota-se que ele está na fase da puberdade e que não perde uma festinha na concha acústica. Seu nome é Catatau, o UFScão. A história conta que seus pais morreram em um acidente e ele ficou sozinho desde muito cedo.
Publicado na coluna Visor do Diário Catarinense
Correção: alguns internautas nos avisaram via caixa de comentários que o Catatau freqüenta o Centro de Comunicação e Expressão (CCE) — que também é chamado de "Básico" — e não o Centro de Filosofia e Humanas, como informava originalmente o textinho publicado do DC impresso.
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