Nesse chute, Falcão empata a partida contra a Itália na Copa de 1982, na Espanha. Sete minutos depois, Paolo Rossi faria o terceiro gol dele na partida e mandaria a Seleção de Telê Santana para casa mais cedo |
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O subsecretário italiano das Relações Exteriores, Alfredo Mantica, tocou num ponto polêmico, que é misturar política e futebol.
Sugere que o amistoso entre Brasil e Itália, marcado para o dia 10, em Londres, seja adiado. O argumento é de que os países não vivem um bom momento diplomático e que isso pode acabar se refletindo em campo.
Menos, né Mantica? Primeiro lugar porque o brasileiro comum - e o italiano comum - não estão nem aí para essas questões diplomáticas. Brasil e Itália vão entrar em guerra? Não, né...
E, por ironia, vejam como Brasil e Itália estão ligados no futebol, que lá eles chamam de calcio. Na lista dos convocados por Dunga estão 11 brasileiros que defendem times italianos, nove deles titulares nas principais equipes da Bota. E tem ainda o Amauri, que o Dunga não chama e deixa o atacante da Juventus em dúvida se opta de vez por servir à Azzurra - o que eu acho que deveria fazer, afinal ele corre o risco de ser convocado uma só vez e não ser mais chamado, perdendo a chance de disputar uma Copa do Mundo.
Não importa se o Lula concedeu asilo político a Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália por quatro homicídios, e devolveu para o amigo Fidel Castro os dois atletas que deixaram a delegação cubana no Pan do Rio. Aliás, não tivemos mais notícias deles, se estão bem, se foram presos, essas coisas que Cuba não informa. Talvez o Itamaraty saiba alguma coisa....
No futebol, e no esporte em geral, também há democracias em vários níveis e ditaduras. Mas não se pode misturar com as coisas do poder público. Brasil e Itália tem de jogar no dia 10, e pronto.
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Rodrigo Stüpp
Tem jeito de zagueiro trombador, mas pode se dar bem como centroavante. Aos 28 anos, dez de jornalismo, sempre chuta de primeira.
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Jeferson Cioatto
Tem como ponto forte a jogada de cabeça. Com 39 anos, 19 de profissão, tá ficando mais na prancheta do que correndo atrás da bola.
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Fábio Abreu
É o cara dos quatro "B" porque lembra Bobô: baiano, barbudo e bom de bola. Também manda bem nas linhas escritas e nas desenhadas, e é o pai da Luiza.
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